Publicado em 20/08/2025 às 10h35.

Israel convoca milhares de reservistas antes de nova ofensiva em Gaza

Plano militar que prevê tomada do maior centro urbano da Faixa é amplamente criticado internacionalmente

Redação
Foto: Reprodução/Forças de Defesa de Israel

 

As Forças Armadas de Israel convocaram dezenas de milhares de reservistas nesta quarta-feira (20) como parte dos preparativos para o esperado ataque à Cidade de Gaza. A medida ocorre enquanto o governo israelense considera uma nova proposta de cessar-fogo após quase dois anos de guerra na região. As informações são da agência britânica Reuters e do portal InfoMoney.

Segundo a reportagem, a convocação sinaliza que Israel está avançando em seu plano para tomar o controle do maior centro urbano da Faixa de Gaza, mesmo com as críticas internacionais a uma operação que provavelmente forçará o deslocamento de muitos outros palestinos. O gabinete de segurança israelense, presidido pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, aprovou o plano no início do mês, prevendo uma expansão da campanha israelense em Gaza, com o objetivo de tomar a cidade homônima.

O plano, amplamente criticado pela comunidade internacional, gerou pedidos de reconsideração até dos aliados mais próximos de Israel, mas Netanyahu, que vem sendo pressionado por alguns membros a extrema-direita israelense de sua coalizão para rejeitar um cessar-fogo temporário, tem ignorado um debate sobre o tema.

Uma fonte militar ouvida pela agência afirmou, no entanto, que os soldados da reserva não devem se apresentar ao serviço até setembro. A medida visa garantir aos mediadores algum tempo para preencher as lacunas entre o grupo militante palestino Hamas e Israel sobre os termos do cessar-fogo.

O oficial detalhou ainda que, como parte do planejamento para uma nova ofensiva em Gaza, as forças israelenses planejam o uso de cinco divisões operando no enclave, mas sem a expectativa de que a maioria dos reservistas sirva em combate na Cidade de Gaza.

“Passaremos para uma nova fase de combate, uma operação gradual, precisa e direcionada na Cidade de Gaza e em seus arredores, que atualmente é o principal reduto militar e governamental do Hamas”, disse a autoridade.

Iniciada há quase dois anos, em 7 de outubro de 2023, a guerra entre Israel e Hamas já levou a morte de mais de 62.000 palestinos em campanhas das forças israelenses, informaram autoridades de saúde de Gaza. Eles não detalharam, no entanto, quais destes eram militantes, mas disseram que a maioria dos mortos eram mulheres e crianças.

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