Publicado em 21/07/2019 às 13h30.

Novos protestos tomam as ruas de Hong Kong

Milhões têm participado dos protestos iniciados no mês passado, forçando a chefe de governo do território, Carrie Lam, a suspender o projeto de lei sobre extradições

Agência Brasil
protesto hong kong reproducao youtube
Foto: Reprodução / YouTube

 

Dezenas de milhares de manifestantes tomaram as ruas de Hong Kong neste domingo (21) para mais uma passeata exigindo o engavetamento definitivo de um controverso projeto de lei para extraditar suspeitos de crimes para a China e reivindicando investigações independentes sobre a atuação da polícia em manifestações anteriores.

Autoridades bloquearam o centro da cidade, mobilizaram cerca de 5 mil policiais e encurtaram a rota originalmente prevista para o protesto, citando preocupações de segurança, depois que marchas anteriores tiveram confrontos entre policiais e grupos de manifestantes.

Dois dos protestos, em 12 de junho e 1° de julho, foram marcados por confrontos. A polícia chegou a usar balas de borracha, gás pimenta e gás lacrimogêneo.

Explosivos

A apreensão na noite de sexta-feira (19) de um grande depósito de explosivos em Hong Kong também acirrou ainda mais os temores sobre segurança.

Três pessoas foram presas em conexão com a descoberta, que a polícia descreveu como a maior do tipo já ocorrida em Hong Kong.

Investigadores disseram que não saber ao certo se os explosivos estão relacionados aos protestos. No entanto, um dos detidos é membro de um pequeno partido pró-independência.

Milhões de moradores de Hong Kong têm participado dos protestos iniciados no mês passado, forçando a chefe de governo do território, Carrie Lam, a suspender o projeto de lei sobre extradições.

Ela declarou como “morto” o projeto e o classificou de “fracasso total”, mas não confirmou seu descarte definitivo.

Desde então, as manifestações se transformaram em um movimento mais amplo, exigindo mais autonomia de Hong Kong em relação a Pequim.

Muitos moradores locais dizem que os líderes chineses têm violado as promessas feitas quando Hong Kong foi devolvida à China pelo Reino Unido, em 1997.

Sob o princípio “um país, dois sistemas”, Hong Kong manteve as amplas liberdades que não existem no continente.

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