Publicado em 16/11/2015 às 07h42.

Polícia francesa vasculha casas de supostos radicais islâmicos

Premiê francês alerta sobre mais ataques no país

Agência Estado

A polícia francesa vasculhou nesta segunda-feira (16) as casas de supostos radicais islâmicos em todo o país, horas depois de bombardeios lançados contra alvos do Estado Islâmico na Síria, numa operação de resposta aos múltiplos ataques em Paris que deixaram pelo menos 129 mortos.

Segundo o primeiro-ministro da França, Manuel Valls, a operação foi conduzida em várias cidades francesas para evitar novos ataques no país ou em outras partes da Europa.

“Estamos mostrando nossa determinação de combater o terrorismo e os que estão ligados ao terrorismo, o islamismo radical, grupos salafistas e todos aqueles que pregam ódio à República”, disse Valls, em entrevista à emissora de rádio de RTL.

A ofensiva contra grupos radicais vem após jatos franceses bombardearem posições do Estado Islâmico perto de seu reduto em Raqqa, na Síria. Valls afirmou que a França está em guerra contra o terrorismo e que os ataques em Paris foram “concebidos, organizados e planejados” na Síria.

Vinte aviões participaram dos ataques na Síria e lançaram 20 bombas, que tiveram como alvos um centro de comando, incluindo um depósito de armas e um posto de recrutamento, e um campo de treinamento, segundo um oficial da defesa francesa.

Valls alertou que o terrorismo pode voltar a atacar novamente em território francês “nos próximos dias ou semanas”. Relatórios de inteligência mostram que outros atentados estão sendo preparados na França e outros países europeus, disse o premiê, acrescentando que planos para pelo menos cinco ataques terroristas foram frustrados desde meados do ano.

Valls afirmou ainda que autoridades francesas planejam cancelar eventos relacionados à cúpula internacional sobre clima que será realizado este mês no país, mas não o evento em si.

Os ataques em Paris foram lançados em várias partes da cidade, na noite de sexta-feira, e tiveram início no Stade de France, o maior estádio do país, durante uma partida de futebol das equipes da França e da Alemanha.

O Estado Islâmico se responsabilizou pelos ataques na capital francesa, com o argumento de que se trataram de uma retaliação aos bombardeios da França contra o grupo na Síria e no Iraque.

 

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