Prefeitura e Estado lançam curso de capacitação para baianas de acarajé
Município é o primeiro depois de Salvador a receber a qualificação

Fruto da parceria entre a Prefeitura de Camaçari, o Governo do Estado da Bahia e a Associação Nacional das Baianas de Acarajé, Mingau, Receptivo e Similares (ABAM), o projeto Capacitação Baianas 2025 foi lançado nesta quarta-feira (25), na orla do município. O evento reuniu centenas de baianas da cidade no Empório Jacuípe, em Barra do Jacuípe.
Presente no lançamento, o prefeito Luiz Caetano reconheceu a importância da qualificação das baianas para o desenvolvimento local. “Temos que estimular isso. Se somos um dos municípios mais visitados do estado, vamos botar esse tapete vermelho para os nossos visitantes. Vamos colocar o tapete vermelho para esse pessoal chegar até nós, até vocês, e é aí que entra a necessidade de fazer cada vez mais a qualificação”, ressaltou.
O secretário de Turismo do Estado, Maurício Bacelar, destacou que Camaçari é o primeiro município a receber a qualificação depois de Salvador, como resultado do trabalho conjunto entre a Secretaria de Turismo do Estado (Setur-BA) e a Secretaria de Turismo do município (Setur).
“O mesmo projeto que nós estamos utilizando no Estado está sendo implementado aqui, a partir de hoje. E começamos com vocês, baianas de acarajé, para que também o turismo de Camaçari seja orgulho nosso, e que gere mais emprego e renda para a população”, afirmou.
Rita Santos, coordenadora nacional da ABAM, ressaltou que a parceria entre Estado e município comprova o valor do ofício. “Saindo de Salvador, Camaçari é a primeira cidade não só pela importância que o município tem para a Bahia, mas também porque é a cidade que tem o maior número de baianas fora da capital. Essa valorização é importante, essa salvaguarda, porque cada vez que a gente dá um curso desse, a gente está salvaguardando esse ofício que já existe há mais de 300 anos”, destacou.
Baseado na estratégia turística do Estado — composta pelos eixos inovação e sustentabilidade, biossegurança, qualificação, infraestrutura e promoção —, o curso é reflexo da interlocução entre cultura, mercado de trabalho e política pública, como explicou a diretora de Qualificação e Segmentos Turísticos, Juliana Araújo.
“Dentre os públicos que a gente capacita nas nossas 13 zonas turísticas, estão as baianas em algumas delas. E poder fazer um cruzamento, uma associação da política pública com a mão de obra local que está na ponta, consolida esse projeto de qualificação das baianas de Camaçari, que nos ajudam a promover o turismo do Estado de forma sustentável”, frisou.
Atividade gratuita e certificada pelo Governo do Estado da Bahia, a formação terá carga horária de 32 horas, organizada em 13 temas: Ética no trabalho; Prevenção de acidentes; Combate à violência contra a mulher; Sustentabilidade e uso responsável do azeite de dendê e óleo; Boas práticas de manipulação e higiene de alimentos; Respeito à diversidade — como tratar bem o turista LGBTQIAPN+; Importância das baianas no cenário do turismo nacional; Marketing digital; Intolerância religiosa; Maquiagem e identidade; Confecção de turbantes; Indumentária e arrumação do tabuleiro tradicional; e Discussão de caso de sucesso.
As aulas terão início em 30 de setembro e serão concluídas em 4 de novembro, com encontros às terças e quartas-feiras no Empório Jacuípe. As 253 inscritas serão divididas em turmas matutinas e vespertinas. A capacitação contempla baianas que atuam na sede e na orla de Camaçari, filiadas ou não à ABAM.
“Por muitos anos eu vi as baianas de acarajé serem maltratadas, desqualificadas como pessoa, como ser humano”, disse Rita Maria Silva, coordenadora da ABAM Camaçari. “E hoje, elas têm o poder de saber que possuem um ofício que é patrimônio do Brasil. A tecnologia está aí, então quanto mais a gente aprender, melhor para nós. Porque, como sempre dizem os nossos mais velhos, o saber morre com seus donos”, pontuou.
Herdeira do tabuleiro de sua mãe em Jauá, dona Dulce, que há mais de 40 anos atua na praça da Igreja de Santo Antônio, Gilmara Ferreira reconhece a importância da qualificação para o exercício do ofício. “É muito importante esse curso para poder qualificar alguns vendedores de acarajé, porque ser baiana é difícil”, explicou, citando os cuidados necessários com os ingredientes e o vestuário.
A iniciativa também conta com o apoio da Secretaria de Políticas para as Mulheres do Estado (SPM) e do Corpo de Bombeiros.
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