Alan Sanches minimiza foto com Jerônimo e diz que está satisfeito com seu grupo político

O deputado estadual Alan Sanches (União Brasil) negou qualquer aproximação com o grupo governista após uma foto sua ao lado do governador Jerônimo Rodrigues (PT) e do vice-governador Geraldo Júnior (MDB) circular na imprensa durante as comemorações do 2 de Julho, em Salvador. Segundo o parlamentar, a imagem não representa mudança de posicionamento político.

“Nada, esqueça, zero chance”, disse Sanches em entrevista ao bahia.ba. “Fui líder da oposição por dois anos, sou vice-líder da oposição. Estou muito satisfeito com o meu grupo político. As pessoas não são meus inimigos. Politicamente, tenho adversários, mas tenho a civilidade de cumprimentar, tirar uma foto, desejar saúde. Aquilo foi ali na concentração, conversando com o vereador Carballal e com Geraldinho, que conheço há 30 anos”, completou o deputado.

Aliado histórico de ACM Neto, Sanches afirmou que mantém diálogo com diferentes setores da política baiana, mas que não há qualquer sinal de aproximação com o PT ou seus aliados. “Inimigo eu não sou de ninguém. Eu tento ter um bom acesso, uma boa conversa com todo mundo”, afirmou.

Sobre a movimentação política observada durante o 2 de Julho, o deputado avaliou que o clima da festa foi marcado por tensão e tentativa de demonstração de força por parte do governo estadual. “Eu senti, além de tudo, um desespero da turma do vermelho. Os vermelhos estão desesperados”, disse, em referência aos apoiadores do PT.

Para Sanches, o governo Jerônimo Rodrigues enfrenta desgaste e não conseguiu atender às expectativas da população. “A fadiga do material bateu. Um governo que não conseguiu atender as expectativas, seja na qualidade da educação, seja na regulação da saúde ou na segurança pública. As pessoas continuam sofrendo e morrendo esperando uma regulação”, afirmou.

O deputado também criticou os índices de violência no estado. “Há 20 anos, a gente não tinha uma cidade baiana entre as 20 mais violentas do país. Hoje, entre as 10 mais violentas, temos sete. Isso é um absurdo”, disse.

Por fim, Sanches projetou derrota para os governos federal e estadual nas próximas eleições. “O desespero já bateu porque eles estão sentindo a derrota que vai ser acachapante. Do mesmo jeito que Lula puxou Jerônimo para cima na passada, agora ele vai puxar para baixo.”