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Publicado em 19/12/2025 às 14h56.

Alden critica operação da PF e sai em defesa de aliados do PL

A operação cumpriu mandados de busca e apreensão contra os deputados Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) e Carlos Jordy (PL-RJ)

Neison Cerqueira
Foto: Reprodução / Assessoria

 

O deputado federal Capitão Alden (PL-BA), vice-líder da oposição na Câmara dos Deputados, comentou nesta sexta-feira (19) a deflagração da Operação Galho Fraco, conduzida pela Polícia Federal (PF), que investiga um suposto esquema de desvio de recursos públicos provenientes de cotas parlamentares.

A operação cumpriu mandados de busca e apreensão contra os deputados federais Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), líder do partido na Câmara, e Carlos Jordy (PL-RJ). Ambos são investigados por suspeita de direcionamento de verbas públicas para empresas de fachada, incluindo uma locadora de veículos.

Em nota enviada à imprensa, Alden afirmou que o encadeamento dos fatos levanta questionamentos sobre o contexto político das diligências.

Segundo ele, decisões recentes envolvendo membros do Judiciário e do Executivo indicariam uma movimentação atípica no topo do poder.

“Em poucos dias, surgiram recados cruzados. André Mendonça autorizou diligência contra Weverton Rocha, aliado de Flávio Dino. Pouco depois, Flávio Dino enviou a Polícia Federal à casa de Sóstenes Cavalcante, aliado de Mendonça”, declarou.

O parlamentar baiano também destacou que esta é a segunda vez que o deputado Carlos Jordy é alvo de buscas no âmbito de investigações da PF.

“No mesmo roteiro, a Polícia Federal cumpriu busca na casa do deputado Carlos Jordy novamente, desta vez no dia do aniversário da filha. Tratar isso como detalhe é ignorar um timing que chama atenção”, afirmou.

Para Alden, a utilização de medidas cautelares como busca e apreensão tem se tornado recorrente e merece análise crítica. “Busca e apreensão virou espetáculo, instrumento de pressão política e punição antecipada”, disse.

O deputado ressaltou ainda que sua manifestação não representa juízo de culpa sobre os investigados, mas questiona os critérios adotados nas ações. “Não se trata de condenar ninguém. Trata-se de critério. Justiça que escolhe alvo não é justiça, é instrumento de poder”, concluiu Alden.

Neison Cerqueira
Jornalista, com atuação na área de política e apaixonado por futebol. Foi coordenador de conteúdo do site Radar da Bahia, repórter do portal Primeiro Segundo e colunista em ambos os veículos. Atuou como repórter na Superintendência de Comunicação da Prefeitura Municipal de Lauro de Freitas e, atualmente, cobre política no portal bahia.ba.

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