Publicado em 17/08/2016 às 09h46.

Apesar dos buchichos, Geddel garante: ‘A Ceplac fica como está’

O ministro diz estar consciente que a problemática do cacau é extensa, tem duas grandes demandas, uma é a própria Ceplac e outra é a dívida da cacauicultura

Levi Vasconcelos

Frase da vez

“Mais poderoso é o povo que vence e supera as limitações”

Jorge Amado, escritor baiano de Itabuna (1912-2001)

(Foto: Felipe Rau/Estadão).
(Foto: Felipe Rau/Estadão).

 

São intensos os rumores na Região do Cacau de que o governo estaria intencionando rebaixar a Ceplac à condição de Departamento, como Kátia Abreu, ex-ministra da Agricultura fez, e Dilma desfez no apagar das luzes.

Como os produtores de cacau pretendem ter do governo uma atenção sempre pedida, sempre prometida e nunca atendida, seria algo como desligar os aparelhos que já agoniza na UTI.

Geddel, ministro da Casa Civil de Temer, é incisivo:

— Isso jamais aconteceria sem passar por mim e ninguém cogitou esse assunto. Mas, se porventura cogitar, enquanto eu aqui estiver (como ministro), não passa. Sou contra.

Geddel diz estar consciente que a problemática do cacau é extensa, tem duas grandes demandas, uma é a própria Ceplac e outra é a dívida da cacauicultura, estimada em mais de R$ 1 bilhão, grande parte dela contraída a pretexto de combater a vassoura de bruxa, a doença que aniquilou o cacau. Mas, que nos demais casos, a questão é esperar:

1 – O caso da Ceplac é mais de dinheiro do que de status.

2 – O caso das dívidas requer esperar a situação da economia. Ou melhor, a recuperação.

Em suma, se tudo correr bem, tudo bem. Se não, fica como está: um monte de endividados por atos que eles foram induzidos a praticar, sem ter como pagar.

Primeiro dia 1

Cláudio Silva (PP) estreou a sua campanha para prefeito de Salvador com algo inusitado: prostrou-se nas escadarias da prefeitura para receber pétalas de rosas jogadas por um helicóptero contratado pelo próprio.

Um velho dita explicita que elogio em boca própria é vitupério. E pétalas, jogadas em si próprio é o que? Diga lá você.

Primeiro dia 2

Já Alice Portugal (PCdoB) resolveu ir ao Bonfim. Só esqueceram de avisá-la que, no mesmo horário, por volta das 9h, ACM Neto também iria. Quase os dois se batem. Alice chegou um pouco antes e quando viu o cenário montado pró-Neto, bateu em retirada.

Mas quem fez melhor foi o deputado Sargento Isidório (PDT). Foi almoçar no bandejão da Assembleia, o que nunca fez.

Mas, bom lembrar, campanha não importa como começa. Importa como termina.

Os pardos

Já viu essa de ACM Neto, Alice Portugal (com Maria Del Carmem) e Sargento Isidório se declararem pardos? Só Da Luz se declarou branco. E Fábio Nogueira, do PSOL, que está mais para pardo, se declarou negro. Ninguém quer ser brancão numa cidade de negões.

Dois pais

A PEC que permite um segundo emprego para PMs foi idealizada pelo deputado Marcos Prisco (PPS), mas como desconfiava que com o carimbo dele não passava, o colega Adolfo Menezes (PSD) topou adotar.

Ou seja, a PEC tem pai legítimo e adotivo.

Plotagem pública

Funcionários da Assembleia tomaram um susto ontem pela manhã. Cinco carros da campanha a vereador de Duda Sanches, filho do deputado Alan Sanches (DEM), estavam sendo plotados lá.

Eles se perguntavam: e isso pode?

Mercado empacado

Ao contrário dos mercados de Itapuã e Periperi, que emplacaram, o de Cajazeiras não decolou e a Prefeitura de Salvador deflagrou uma espécie de “operação chame gente”.

A primeira medida é entregar a outros feirantes de Cajazeiras cerca de 30 boxes, que permanecem fechados porque seus proprietários querem retornar à Rótula da Feirinha, na X, o que será proibido, segundo a secretária Rosemma Maluf (Ordem Pública).

— A volta de feirinha seria o caos. E Cajazeiras não quer isso.

SOS Abaeté

E por falar em coisas que deram erradas, no dia 16 de novembro do ano passado foram anunciadas as obras de recuperação do Abaeté, ao custo de R$ 1.756.204,78, dinheiro do governo federal, via Caixa.

A inauguração, conforme a placa, seria ontem. O Abaeté continua no abandono.

Visitas ilustres

Nunca o plenário do TCM recebeu visitantes tão ilustres de uma só penada como ontem. Estavam lá os deputados federais, Roberto Britto e Cacá Leão, e os estaduais, Aderbal Caldas e Ângelo Coronel, todos do PP. Missão: tentar reverter a rejeição das contas de 2014 do prefeito de Jaguaquara, Giuliano Martinelli (PP), por excesso de limite de gasto com pessoal, via conselheiro Plínio Carneiro, que pediu vistas.

Sucesso zero. Plínio manteve a rejeição. Ainda tentou reduzir a multa de R$ 61 mil, mas também isso perdeu de 4 a 3.

Ayres Britto na ALB

O jurista e poeta Carlos Ayres Britto, ex-presidente do STF, sergipano com cidadania baiana e sangue materno santamarense, toma posse nesta quinta (19h) como membro correspondente da Academia de Letras da Bahia. Será saudado pelo também poeta Luís Antônio Cajazeira Ramos. Ayres Britto é muito amigo de Joaci Góes, outro integrante da ALB.

Conselho médico

Conselho Superior das Entidades Médicas da Bahia (Cosemba), instituição que reúne Associação Bahiana de Medicina, Cremeb e Sindicato dos Médicos, vai reunir amanhã na ABM os presidentes de associações de especialidades para discutir a Defesa da Atuação Médica.

O comando do Cosemba garante que a pauta “é de suma importância”.

IAT na ponta

O Instituto Anísio Teixeira (IAT) é finalista do Prêmio A Rede Educa, promovido pela revista A Rede, uma das principais publicações do país sobre tecnologia e educação.

Chegou lá com o projeto Difusão de Mídias e Tecnologias Educacionais, concorrendo com 220. Ficou entre os 80.

Levi Vasconcelos

Levi Vasconcelos é jornalista político, diretor de jornalismo do Bahia.ba e colunista de A Tarde.

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