Publicado em 27/06/2025 às 18h38.

Após revés no Congresso, Lula defende isenção para pobres e mais impostos para os ricos

Presidente criticou resistência a projeto que amplia faixa de isenção do IR e reforçou compromisso com trabalhadores

Redação
Foto: Ricardo Stuckert/PR

 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a adotar um discurso firme em defesa dos trabalhadores e da justiça tributária nesta sexta-feira (27), um dia após o Congresso Nacional derrubar o decreto que aumentava a alíquota do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). O recado foi dado durante um evento sobre reforma agrária realizado em Araguatins, no Tocantins.

Na ocasião, Lula ressaltou que “governa para todos os brasileiros”, mas reafirmou estar ao lado da classe trabalhadora, dos professores e da população de renda média. “Eu não sou o presidente dos pobres. Eu sou vocês na Presidência da República”, afirmou, em tom enfático.

O petista também reagiu às críticas ao projeto do governo que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil. A proposta, enviada ao Congresso, pretende compensar a renúncia fiscal com a criação de um imposto mínimo sobre os contribuintes de renda mais elevada.

“Eles não gostam de mim porque eu propus isentar de Imposto de Renda quem ganha até R$ 5 mil. E querem esconder que quem paga imposto nesse país é o trabalhador assalariado, que tem o desconto direto no contracheque”, disse.

Segundo Lula, a resistência ao projeto é alimentada por setores que se opõem à cobrança sobre os mais ricos e que ignoram a desigualdade na forma como a carga tributária incide sobre a população.

A derrota do governo na questão do IOF acendeu um alerta sobre a fragilidade da base aliada no Congresso, em um momento em que o Planalto busca apoio para avançar em pautas econômicas e fiscais.

Ainda assim, Lula sinalizou que pretende manter a linha de enfrentamento político em defesa de maior equilíbrio na distribuição dos tributos.

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