Publicado em 08/11/2024 às 16h38.

Bancada do PT no Senado está desconfortável com adesão a Davi Alcolumbre, diz coluna

Apoio a Alcolumbre foi anunciado pelo líder do PT, Beto Faro

Redação
Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

 

Apesar de ter anunciado nesta semana o apoio a Davi Alcolumbre para a sucessão de Rodrigo Pacheco, a bancada do PT no Senado está desconfortável com o espaço mais nobre prometido por ele ao PL de Jair Bolsonaro — que tem a segunda maior bancada da Casa, com 14 senadores, e já garantiu a Primeira Vice-Presidência. Ao partido de Lula, que tem nove parlamentares, restou a Segunda Vice. A informação é da coluna Radar, da revista Veja.

Os insatisfeitos, porém, não viram qualquer saída a não ser aderir à candidatura do senador do União Brasil, favoritíssimo a vencer a eleição em fevereiro do ano que vem. A chance de ter um desafiante minimamente viável ao ex-presidente do Senado se dissipou com a desistência do líder do PSD na Casa, Otto Alencar, de lançar sua candidatura.

O apoio a Alcolumbre foi anunciado pelo líder do PT, Beto Faro, que revelou ter tido o aval do presidente Lula e do ministro Alexandre Padilha para divulgar a decisão — que deverá ser oficializada em reunião no Planalto com o senador do União Brasil e os petistas na semana que vem.

Na atual Comissão Diretora, comandada por Pacheco, o PT tem a Primeira Secretaria, com Rogério Carvalho, mas não quer mais o posto. Já na disputa por comissões, os petistas pediram a CAE, de Assuntos Econômicos, mas Alcolumbre disse que já tinha um acordo para entrar o colegiado ao MDB. A CCJ, mais importante da Casa, deverá ficar com o PSD, muito provavelmente para Otto Alencar.

As tratativas sobre quais das comissões irão para o PT ainda estão em andamento, com alta probabilidade de a do Meio Ambiente ser uma delas.

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