Publicado em 18/03/2025 às 12h09.

Bolsonaro critica silêncio de ativistas sobre desmatamento na Amazônia: ‘Calados’

O ex-presidente citou Greta Thunberg, o ator Leonardo DiCaprio e o presidente francês Emannuel Macron, todos críticos da política ambiental em seu governo

Redação
Foto: Reprodução/Redes Sociais

 

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) utilizou suas redes sociais nesta terça-feira (18) para criticar a falta de posicionamento de figuras públicas, como a ativista sueca Greta Thunberg, o ator americano Leonardo DiCaprio e o presidente francês Emmanuel Macron, sobre o desmatamento na Amazônia.

Segundo matéria do InfoMoney, na publicação feita em seu perfil no X (antigo Twitter), Bolsonaro afirmou que, durante o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), essas figuras internacionais estão “de repente, caladas”.

“Então… Lula está cortando árvores da Amazônia para construir uma estrada para a COP30 (a conferência climática), enquanto incêndios e a destruição atingiram níveis recorde – muito maior do que aconteceu durante meu governo. Mas Greta Thunberg, Leonardo DiCaprio e Emmanuel Macron, de repente, estão calados”, escreveu Bolsonaro em inglês.

Bolsonaro já foi alvo de críticas dos três citados em sua postagem, devido à sua política ambiental durante o mandato. O ex-presidente chegou a chamar Greta Thunberg de “pirralha”. Sua relação com DiCaprio também foi marcada por trocas de acusações, com o ex-presidente especulando que algumas das queimadas na Amazônia teriam sido causadas por ONGs e acusando publicamente o ator.

Já Macron se tornou alvo após sugerir, em 2019, a criação de um “status internacional” para a Amazônia, o que gerou críticas de Bolsonaro.

A declaração foi feita após a divulgação de uma reportagem do jornal inglês The Telegraph, que relatou o corte de árvores na região para a construção de uma rodovia destinada a facilitar o tráfego de autoridades durante a COP30, a conferência climática da ONU, que será realizada em Belém, no Pará, em novembro de 2025.

A reportagem, citada por Bolsonaro em seu post, destaca o descontentamento de moradores locais com a construção da estrada, que terá quase 13 quilômetros de extensão e cortará uma área de preservação.

A obra foi chamada de “hipocrisia”, já que ela visa viabilizar o deslocamento de participantes da Cúpula do Clima, que busca como uma das suas principais ações a redução do desmatamento e a preservação da biodiversidade.

O ex-presidente questionou também se a “pegada de carbono” seria mais aceitável quando originada de um governo progressista, e se o desmatamento se tornaria mais aceitável por ser realizado por um governo de esquerda.

“A pegada de carbono cheira melhor quando é da esquerda? Ou só é uma ‘emergência global’ quando eu estou no comando? Se eu tivesse que construir esta estrada, estariam pedindo sanções e uma intervenção da OTAN”, completou.

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