Publicado em 23/07/2025 às 16h04.

Bolsonaro evita aparições públicas e aguarda decisão de Moraes sobre entrevistas

Ex-presidente permanece na sede do PL, em Brasília, enquanto ministro do STF avalia explicações da defesa

Redação
Foto: Antonio Augusto/STF

 

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tem mantido a discrição nos últimos dias e evitado compromissos públicos. O ex-mandatário permaneceu na sede nacional do Partido Liberal, em Brasília, nesta quarta-feira (23), em reuniões com aliados próximos para discutir os rumos de sua defesa judicial.

Apesar da presença de parlamentares e apoiadores no local, Bolsonaro optou por não dar declarações à imprensa. Ele aguarda uma manifestação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), sobre uma eventual permissão formal para que possa voltar a conceder entrevistas.

Defesa nega violação de medidas

A expectativa gira em torno da resposta apresentada por sua defesa ao STF. Os advogados afirmam que o ex-presidente não infringiu nenhuma das restrições impostas por Moraes e alegam que, até o momento, não há impedimento claro que o proíba de falar publicamente.

O documento foi protocolado na terça-feira (22), dentro do prazo de 24 horas estabelecido pelo magistrado, que cobrou explicações sobre falas feitas por Bolsonaro durante visita à Câmara dos Deputados, na última segunda (21).

Ainda segundo a defesa, possíveis repercussões de suas declarações nas redes sociais, por meio de terceiros, estariam fora do controle direto do ex-mandatário — resultado das dinâmicas da comunicação digital.

Moraes analisa resposta; aliados temem prisão

O ministro Alexandre de Moraes vai avaliar se mantém as atuais medidas cautelares impostas a Bolsonaro ou se pode agravar a situação jurídica do ex-presidente, inclusive com uma eventual ordem de prisão.

Parlamentares próximos demonstram preocupação com esse cenário. O deputado Domingos Sávio (PL), que esteve na sede do partido, acusou Moraes de agir de forma autoritária.

“O Brasil chegou a esse ponto porque nós temos um ditador sentado numa cadeira do STF. Se [Bolsonaro] for preso, será de forma injusta e arbitrária”, afirmou.

Jair Bolsonaro cumpre medidas como o uso de tornozeleira eletrônica e outras restrições impostas por Moraes, que foram mantidas pela Primeira Turma do STF, com exceção do ministro Luiz Fux, que votou contra.

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