Capitão Alden diz que pesquisa Quaest expõe fragilidade de Lula
O deputado também falou sobre a força política de Lula após encontro com Trump na ONU

A pesquisa Genial/Quaest, que aponta 48% de aprovação e 49% de desaprovação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), “escancara a fragilidade do governo petista”, afirmou o deputado federal Capitão Alden (PL-BA).
Em entrevista ao bahia.ba nesta quarta-feira (8), o parlamentar disse que os números refletem o sentimento popular observado “nas ruas e nos protestos contra o chefe do Executivo”. “O Brasil está dividido e o governo Lula é instável”, declarou Alden.
Segundo o deputado, o petista não possui uma base sólida de apoio, nem nas redes sociais nem nas urnas. “Apesar do uso desenfreado da máquina pública, das alianças fisiológicas e da blindagem da grande mídia, a reprovação de Lula segue alta”, afirmou.
Para Alden, os resultados mostram que “a população está cansada de discursos vazios e de um governo que prioriza militância e perseguição a opositores, em vez de cuidar da economia, da segurança pública e da liberdade”.
Encontro com Trump e leitura geopolítica
O levantamento também indicou que 49% dos brasileiros aprovaram a força política de Lula após o encontro com Donald Trump durante a Assembleia-Geral da ONU. Alden avaliou que a repercussão positiva foi resultado de uma interpretação midiática equivocada.
“Trump não distribui telefonema por cortesia ou simpatia ideológica. Quando ele liga, há cálculo estratégico. O objetivo era reposicionar os Estados Unidos na América Latina e conter o avanço chinês. Lula atendeu não por afinidade, mas por pragmatismo. Recusar o contato seria assumir isolamento internacional”, analisou o deputado.
O parlamentar elogiou a postura do ex-presidente norte-americano e citou a escolha do secretário de Estado Marco Rubio, que, segundo ele, representa uma ala conservadora e crítica ao governo brasileiro. “Isso não foi coincidência. Foi sinal claro de que a Casa Branca, sob Trump, fala com a direita latino-americana”, comentou.
Críticas internas
Alden ainda classificou o gesto de Trump como um reposicionamento geopolítico, e não uma chancela ao governo brasileiro. “Quem viu nesse encontro uma consagração política está lendo a cena com os óculos errados. O relógio rodou — mais uma vez — a favor de Washington. Lula apenas tentou não perder o bonde”, disse.
O deputado concluiu dizendo que o presidente busca legitimidade internacional, enquanto o país enfrenta problemas internos. “STF descontrolado, economia instável, censura avançando e a democracia brasileira sob risco. Se ele quer ser respeitado lá fora, precisa começar respeitando o povo brasileiro aqui dentro”, finalizou.
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