Publicado em 31/03/2016 às 17h21.

‘Collor terminou onde Dilma está agora’, diz Benito

Deputado federal, que foi presidente de CPI que investigou Fernando Collor em 1992, afirma que pressão por impeachment de Dilma Rousseff já é maior

Rodrigo Aguiar
Foto: Laycer Tomaz / Câmara dos Deputados
Foto: Laycer Tomaz / Câmara dos Deputados

 

Membro titular da comissão especial que avalia o pedido de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff (PT), o deputado federal Benito Gama (PTB-BA) afirmou que a pressão pelo impedimento da petista é maior do que ocorreu com Fernando Collor de Mello, em 1992.

“Eu penso que Collor terminou onde a presidente Dilma está agora começando. A onda hoje é muito maior do que na época. Nas últimas semanas do presidente Collor, ainda havia dúvidas de que poderia acontecer impeachment. Hoje, você vê uma crescente no Congresso e na população brasileira. A indicação de um processo de impedimento está cada dia mais clara”, disse Benito, em entrevista à Rádio Câmara.

O petebista foi presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) responsável por investigar os fatos que levaram à saída de Collor. Para ele, a votação do processo de impeachment de Dilma deverá ocorrer dentro das próximas três semanas. Benito comparou ainda as bases de sustentação de Collor e Dilma. “Collor não tinha um partido forte, mas o entorno dele era de partidos fortes. Hoje, a presidente tem um partido consistente, mas o entorno é mais frágil”, opinou o parlamentar.

Ao ser questionado sobre as manifestações contrárias ao impedimento de Dilma em todo o país, Benito disse que os atos representam uma minoria e são “um pouco artificiais”. “Os 10% que não querem o impeachment são fáceis de arregimentar em reuniões como aconteceu na semana passada e hoje. Só falta fazer sorteio de carro para as pessoas irem para a rua. […] A espontaneidade da população a favor do impeachment hoje é maior do que os caras pintadas”, declarou.

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