Publicado em 26/06/2025 às 15h01.

Comissão da Câmara aprova redução da idade mínima para compra de arma de fogo

Proposta prevê mudança no Estatuto do Desarmamento e ainda precisa ser votada na CCJ

Redação
Foto: Assessoria/PCBA

 

A Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados aprovou um projeto de lei que reduz de 25 para 18 anos a idade mínima para a compra legal de armas de fogo no país. A proposta altera o Estatuto do Desarmamento e ainda precisa ser analisada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) antes de seguir para o Senado.

O texto aprovado é um substitutivo apresentado pelo relator, deputado Delegado Paulo Bilynskyj (PL-SP), ao Projeto de Lei 4750/24, de autoria do deputado Da Vitoria (PP-ES). A versão original previa idade mínima de 21 anos para a compra de armas em geral e 20 anos para moradores de áreas rurais que atendessem a determinados critérios.

Atualmente, a legislação impede a aquisição de arma de fogo por menores de 25 anos, exceto em casos específicos, como o de pessoas que vivem em áreas rurais e comprovem a necessidade da arma para garantir sua subsistência alimentar.

Para Bilynskyj, a mudança traz maior equilíbrio ao sistema legal. “Trata-se de ajuste que não compromete a política pública de controle de armas, mas confere racionalidade e proporcionalidade ao sistema legal, alinhando-o com os princípios da igualdade, razoabilidade e eficiência”, argumentou o relator.

Ele também defendeu que permitir o acesso legal e controlado à compra de armas pode ajudar a combater o comércio clandestino. “Ao permitir o acesso legal mais racional e controlado à aquisição de arma de fogo, o Estado desestimula a aquisição clandestina, reduzindo a demanda por armamentos no mercado ilegal”, afirmou.

O autor da proposta destacou que jovens de 18 anos já têm direito ao porte de armas em algumas funções públicas. “Se um jovem é considerado maduro o suficiente para votar, dirigir ou assumir responsabilidades civis, é justo que também tenha o direito de proteger sua vida e a de sua família”, disse Da Vitoria.

O projeto tramita em caráter conclusivo. Se for aprovado na CCJ, poderá seguir diretamente ao Senado, sem necessidade de passar pelo plenário da Câmara, salvo se houver recurso.

Mais notícias

Este site armazena cookies para coletar informações e melhorar sua experiência de navegação. Gerencie seus cookies ou consulte nossa política.