Publicado em 23/10/2019 às 18h40.

Convulsão social no Chile é alerta para o Brasil, diz Wagner sobre reforma da Previdência

Aprovação de proposta que muda regras de aposentadorias e pensões foi concluída nesta quarta-feira

Alexandre Santos
Foto: Agência Senado
Foto: Agência Senado

 

Após conclusão da aprovação da reforma da Previdência nesta quarta (23), no Congresso, o senador Jaques Wagner (PT) voltou a criticar a proposta.

“Lamentável ver o Brasil tomando este caminho, com a aprovação de uma reforma feita para resolver o ajuste fiscal que destrói o sistema previdenciário e impõe um enorme sacrifício aos trabalhadores e trabalhadoras”, escreveu em suas redes sociais.

Em outro trecho da publicação, o petista menciona a onda de protestos no Chile, iniciada após um anúncio de aumento nas tarifas de metrô. Para Wagner, a situação do vizinho da América do Sul é um sinal de “alerta” em relação à agenda econômica que o governo Jair Bolsonaro (PSL) quer tocar por aqui.

“O processo de convulsão social que presenciamos hoje no Chile é resultado de políticas semelhantes e um alerta. O país vizinho tem sido usado como referência do governo brasileiro para defender sua agenda econômica excludente, com foco no empobrecimento da população e na privatização de empresas e serviços públicos”, prosseguiu o ex-governador da Bahia.

“Estão querendo resolver o problema fiscal do Brasil no lombo dos homens e mulheres mais simples”, publicou Wagner, que votou contra as mudanças nas regras de aposentadoria nos dois turnos de sua apreciação no Senado.

Considerada a maior vitória do governo em seu primeiro ano, a reforma da Previdência é um dos pilares para o controle dos gastos públicos, plano do ministro Paulo Guedes (Economia). A equipe dele estima que, com medida, os cofres públicos economizarão cerca de R$ 800 bilhões num prazo de dez anos.

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), deverá promulgar o texto após Bolsonaro retornar de viagem à Ásia.

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