Publicado em 18/06/2021 às 14h21.

CPI da Covid: relator aponta 14 investigados, incluindo Pazuello e Queiroga

Membros e ex-integrantes do Ministério da Saúde e componentes do 'gabinete paralelo' foram incluídos

Redação
Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado
Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

 

O relator da CPI da Pandemia no Senado, Renan Calheiros (MDB-AL), anunciou nesta sexta-feira (18) uma lista de 14 pessoas que passarão à condição de investigados pela comissão de inquérito. Entre eles os ex-ministros Eduardo Pazuello (Saúde) e Ernesto Araújo (das Relações Exteriores), o atual gestor da pasta da Saúde, Marcelo Queiroga, e o ex-secretário de Comunicação Social da Presidência, Fabio Wajngarten.

Na prática, a decisão indica que o relator vê indícios de crimes por parte desses investigados. A lista já foi encaminhada ao presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM). No parecer final, o relator pode indicar novas investigações contra essas pessoas por parte do Ministério Público Federal.

Segundo Renan Calheiros, passaram a ser investigados somente pessoas que já foram ouvidas ou envolvidos em casos com indícios fortes levantados pela CPI. ” Isso é bom para a investigação e para a segurança jurídica do próprio investigado porque a partir da declaração dessa condição ele passa a ter acesso às informações, às provas e indícios juntados na investigação”, disse.

Também viraram alvo da investigação a secretária de Gestão do Trabalho do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro;  a coordenadora do Programa Nacional de Imunização, Francielli Fantinado; o ex-secretário executivo do Ministério da Saúde, Elcio Franco, e o secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde do Ministério da Saúde, Hélio Angotti Neto.

Quatro investigados são apontados como integrantes do gabinete paralelo, estrutura extraoficial que debatia diretrizes no combate à pandemia à revelia do Ministério da Saúde: Nise Yamaguchi (médica defensora da cloroquina), Paolo Zanotto (virologista defensor da cloroquina), Carlos Wizard (empresário) e Arthur Weintraub (ex-assessor especial da Presidência).

Completam a lista Marcellus Campêlo, ex-secretário de Saúde do Amazonas e titular da pasta durante o colapso por falta de oxigênio hospitalar em Manaus (AM), e Luciano Dias Azevedo, anestesista da Marinha apontado como autor de proposta para alterar a bula da cloroquina, substância sem efeito contra a Covid-19. Com informações do G1 e da CNN.

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