Publicado em 22/07/2022 às 16h49.

Eduardo Bolsonaro acusa Tabata de querer boicotar convenção do PL

Deputada rebate, o chamando de 'frouxo'

Redação
Fotos: Cleia Viana/Nilson Bastian/Câmara dos Deputados
Foto: Cleia Viana/Nilson Bastian/Câmara dos Deputados

 

Após o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) acusar a deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP) de querer boicotar a convenção do partido que vai oficializar a candidatura do presidente Jair Bolsonaro (PL) à reeleição, a parlamentar rebateu as críticas e chamou Eduardo de “frouxo”.

Na tarde da quinta-feira (21), Eduardo publicou um vídeo no Twitter em que acusa a parlamentar, classificada como “aliada de Lula”, de contribuir para o boicote ao evento.

“Os aliados do Lula, como a deputada Tabata Amaral, estão incentivando os internautas a entrarem no link de convite para o evento, se inscreverem com intenção de lotar o evento e não irem lá participar, para dar ares de que o evento de Bolsonaro estaria vazio”.

O filho do presidente também declarou que, através do PL, está entrando com uma representação contra Tabata no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados.

“Isso não é normal, não é jogo limpo. É trapaça, falsificação. Quase um ataque hacker. A gente não vai admitir. Fora isso, outras providências estão sendo tomadas”.

“O mal não vencerá. Essa esquerda não vai prosperar, não vai voltar para assaltar o brasileiro de novo”, completou, usando um discurso igual ao do pai sobre uma suposta luta “do bem contra o mal” no pleito deste ano.

Em resposta, Tabata compartilhou um vídeo reagindo à gravação do filho do presidente.

“Rapaz, pegou ar, hein? Primeiro que, assim, esse covarde, frouxo, não aguentaria um dia na minha pele. Isso aqui, meu filho, se chama manifestação pacífica. É direito de cada cidadão se inscrever em um evento e não comparecer. E ó, eu não apaguei o post porque fiquei com medo. Faria 20 mil vezes”.

O PL decidiu autorizar a entrada sem ingresso na convenção do partido que vai oficializar a candidatura do presidente Jair Bolsonaro à reeleição. A decisão foi tomada após o cancelamento de cerca de 40 mil das 50 mil inscrições por opositores articularem um boicote ao evento.

“Todos que forem ao lançamento da candidatura de Bolsonaro poderão entrar no ginásio mesmo sem o ingresso, até que se atinja lotação máxima”, diz o comunicado.

Em publicação nas redes sociais, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) pediu que os apoiadores do pai “cheguem cedo”. Aqueles que não puderem entrar vão acompanhar o evento, que acontecerá no próximo domingo (24) no Rio de Janeiro, por um telão.

Na tarde da última quarta-feira (20), o presidente ironizou que “militantes e parlamentares de esquerda” estejam adquirindo ingressos com o objetivo de esvaziar a convenção do PL. Algumas pessoas reservaram ingressos sem a intenção de comparecer ao evento.

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