Publicado em 26/01/2017 às 09h21.

Eike Batista já é considerado foragido da Justiça

Empresário é um dos alvos da Polícia Federal em operação ligada à Lava Jato; advogado confirmou que ele está em viagem, mas não informou para onde e nem quando volta

Redação
Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

 

O empresário Eike Batista, dono do grupo EBX, não foi encontrado pelos agentes da Polícia Federal que o buscavam para cumprir um mandado de prisão preventiva na manhã desta quinta-feira (26) no Rio de Janeiro. O ex-bilionário é um dos principais alvos da Operação Eficiência, desdobramento da Lava Jato no Rio de Janeiro, é acusado de pagar propina de US$ 16,5 milhões para o ex-governador Sérgio Cabral (PMDB) por meio da conta Golden Rock no TAG Bank, no Panamá, para conseguir facilidades em contratos com o governo.

Segundo a defesa do empresário ele está em viagem fora do país, porém não informou onde ele está e nem quando volta. Como já passou o prazo de duas horas após a expedição do mandado, Eike já é considerado foragido da Justiça.

Outros alvos da operação são o ex-governador Sérgio Cabral, que já está no complexo penitenciário de Gericinó, em Bangu, e Wilson Carlos e Carlos Miranda, que também estão presos. Esse é o terceiro mandado de prisão preventiva expedido contra Cabral, Wilson Carlos e Carlos Miranda. Todos os mandados foram expedidos pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro.

Um mandado de prisão foi cumprido contra Flávio Godinho, braço-direito de Eike na empresa EBX, hoje vice-presidente de futebol do Flamengo. Ele é acusado de ser um dos operadores do esquema, através da ocultação e lavagem de dinheiro das propinas que eram recolhidas das empreiteiras que faziam obras públicas no Rio de Janeiro.

Os outros quatro mandados de prisão preventiva são contra Thiago Aragão Gonçalves Pereira e Silva, advogado e sócio de Adriana Ancelmo (mulher de Sérgio Cabral), Álvaro Jose Galiez Novis, Sérgio de Castro Oliveira e Francisco de Assis Neto.

Os investigadores da Operação apontam envolvimento de Eike e Cabral em lavagem de US$ 100 milhões no exterior. A maior parte do dinheiro – R$ 270 milhões – já foi repatriada, segundo os procuradores da República que investigam Eike e Cabral.

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