Publicado em 30/10/2025 às 16h50.

Erika Hilton critica operação no Rio e chama ação de ‘genocídio’

Deputada acusou ainda Cláudio Castro de fazer palanque político

Luana Neiva
Foto: Luana Neiva / bahia.ba

A deputada federal Erika Hilton (PSOL) voltou a criticar, nesta quinta-feira (30), em Salvador, a megaoperação realizada no Rio de Janeiro. A parlamentar classificou o ato como “genocídio” e acusou o governador  da capital fluminense, Cláudio Castro (PL), de fazer um “palanque político”.

“É lamentável que o projeto de genocídio no Rio de Janeiro siga todo o curso. Combater a criminalidade no Rio, na Bahia, em São Paulo, é um dever dos governadores, é o dever do nosso país. Agora, não se pode matar pessoas sem identificação, entrar num território, atirar, torturar, decepar corpos, amarrar braços e dizer que isso é método de segurança pública. Isso é extermínio do povo preto. O governador ir às redes e à televisão dizer que foi uma ação bem-sucedida quando policiais foram assassinados, quando jovens foram assassinados, e dizer que todo mundo que morreu era bandido. Não se sabe ainda quem são as pessoas que morreram. Não há identificação”, criticou a deputada.

Hilton afirmou ainda que a operação revela uma política de segurança baseada na violência e na ausência de estratégias efetivas de combate ao crime. Segundo ela, o governo do Rio de Janeiro tem utilizado ações policiais letais como instrumento de visibilidade política.

“O que nós estamos vendo é, mais uma vez, o estado do Rio de Janeiro às vésperas das eleições, porque o governador, sem estratégia, sem inteligência, sem planejamento, não fez um plano contra o crime organizado, que cresceu durante a sua gestão. Se o crime organizado cresceu da maneira como cresceu no Rio de Janeiro, é porque ele foi um péssimo governador”, finalizou Hilton.

Megaoperação

A ofensiva, denominada Operação Contenção, teve início na madrugada de terça-feira (28) e se concentra nos complexos do Alemão e da Penha, zonas de intenso domínio do tráfico de drogas na capital fluminense.

Segundo o Governo do Rio de Janeiro, 121 pessoas morreram até o momento, em meio aos confrontos entre as forças de segurança e os criminosos. Pelo menos 72 corpos foram encontrados em uma área de mata na Penha, enfileirados em uma praça da comunidade.

Luana Neiva
Jornalista formada pela Estácio Bahia com experiências profissionais em redações, assessoria de imprensa e produção de rádio. Possui passagens no BNews, iBahia, Secom e Texto&Cia.

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