Publicado em 22/06/2023 às 22h20.

Ex-ministro do GSI admite ter enviado relatório editado para o Congresso

A fala do militar aconteceu durante depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF)

Redação
Foto: José Cruz/Agência Brasil

 

O general Gonçalves Dias, ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República, admitiu nesta quinta-feira (22), que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin), produziu um relatório errado com uma citação sobre ele acerca dos ataques de 8 de janeiro, quando as sedes dos Três Poderes foram atacadas em Brasília e, por essa razão, alterou o documento antes de enviá-lo a uma comissão do Congresso Nacional.

Segundo a CNN, a fala do militar aconteceu durante depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), que investiga os atos de 8 de janeiro, bem como o 12 de dezembro do ano passado, quando houve tentativa de invasão à sede da Polícia Federal (PF). O militar disse que não participou de nenhum grupo e que não adulterou o documento.

“Não adulterei nem fraudei nenhum documento. Sempre falei no GSI que todo documento que passasse por lá tinha que ser a expressão da verdade.  A Comissão de Controle das Atividades de Inteligência (CCAI)  solicitou ao GSI o que a Abin tinha produzido sobre os atos. A Abin fez um compilado de mensagens de aplicativos. Lá tinha três partes como ‘dia tempo, acontecido e difusão’. Esse documento tinha ‘ministro do GSI’. Eu não participei de nenhum grupo, não sou difusor. O documento não condizia com a verdade”, declarou o militar

Gonçalves Dias também informou que a Abin fez outro relatório da mesma situação, no entanto, sem a citação ao ministro. “O documento enviado de forma igual ao MPF [Ministério Público Federal] estava diferente na parte ‘difusão’. Não tinha GSI”.

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