Publicado em 18/12/2019 às 14h30.

Flávio Bolsonaro e Queiroz são alvo de operação do MP do Rio

Ação que apura suposta lavagem de dinheiro mira 24 alvos, incluindo Ana Cristina Valle, ex-mulher do presidente Jair Bolsonaro

Redação
Foto: Reprodução/Instagram
Foto: Reprodução/Instagram

 

O Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) deflagrou nesta quarta-feira (18) uma operação cujos alvos são o senador Flávio Bolsonaro (sem partido), o policial militar aposentado Fabrício Queiroz e outros ex-assessores do filho do presidente Jair Bolsonaro.

A ação que apura suposta lavagem de dinheiro mira 24 alvos, incluindo Ana Cristina Valle, ex-mulher de Bolsonaro. Foram recolhidos documentos e celulares na casa de alguns dos alvos – o MP ainda não se pronunciou sobre a operação, alegando que o procedimento corre sob sigilo.

As buscas e apreensões ocorrem após quase dois anos do início das investigações contra Queiroz. Em janeiro de 2018, a Promotoria fluminense recebeu o relatório do Coaf (Conselho de Controle das Atividades Financeiras) apontando movimentações atípicas do ex-assessor de Flávio Bolsonaro.

O alvo de busca e apreensão no caso de Flavio Bolsonaro foi uma loja de chocolates da Kopenhaguen no shopping Via Parque, na Barra da Tijuca (zona oeste), em que o senador é dono de 50% da franquia desde 2015.

A firma é citada num relatório do Coaf que descreve oito transferências que somam R$ 120 mil dela para o senador entre agosto de 2017 e janeiro de 2018 – a empresa também foi alvo de quebra de sigilo bancário e fiscal pela Justiça em abril. A defesa de Flávio ainda não se manifestou.

Já a da família de Queiroz afirmou à Folha de S.Paulo que recebeu a ação “com tranquilidade e, ao mesmo tempo surpresa, pois é absolutamente desnecessária”. “Ele sempre colaborou com as investigações, já tendo, inclusive, apresentado todos os esclarecimentos a respeito dos fatos”, disse o advogado Paulo Klein.

Queiroz é pivô de uma investigação que tem como alvo o próprio senador e outras 101 pessoas físicas e jurídicas, que tiveram os sigilos bancário e fiscal quebrados.

A Promotoria suspeita de um esquema conhecido como “rachadinha” no gabinete de Flávio na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro no período em que foi deputado estadual e manteve Queiroz como seu empregado (2007-2018). A prática consiste em coagir servidores a devolver parte do salário para os deputados. Estão sendo investigados crimes de peculato, lavagem de dinheiro, ocultação de patrimônio e organização criminosa.

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