Publicado em 16/11/2023 às 07h31.

Gestora que mandou ‘Dama do Tráfico’ ao DF nega culpa: ‘Como ia saber?’

Luciane representou o Amazonas no Encontro de Comitês e Mecanismos de Prevenção e Combate à Tortura

Redação
Foto: Reprodução/Redes Sociais 

 

A responsabilidade pela viagem de Luciane Barbosa, intitulada de a “Dama do Tráfico do Amazonas” para Brasília (DF), paga com dinheiro público, transformou-se em uma grande polêmica sem um responsável pelo ato.

Conforme o Metrópoles, o Ministério dos Direitos Humanos disse que o nome de Luciane Barbosa, ligada ao Comando Vermelho (CV), foi indicado pelo Comitê Estadual de Combate à Tortura do Amazonas (CEPCT-AM).

Já o governo do Amazonas, por meio de nota da Secretaria de Estado de Justiça, jogou a responsabilidade no colo de Natividade Maia, advogada e presidente interina do CEPCT-AM, que é composto por diferentes entidades, além do governo.

A reportagem do Metrópoles conversou com Natividade por telefone e ela explicou como Luciane entrou no Comitê Estadual e acabou tendo uma viagem paga com dinheiro público para um evento do Ministério dos Direitos Humanos, em Brasília.

“Publicamos os nomes no Diário Oficial. O estado do Amazonas tem 17 membros no comitê e não se manifestou. E, agora, querem um bode expiatório”, reclamou Natividade. A advogada garante que não sabia da investigação sobre uma relação entre Luciane e uma facção criminosa. “A investigação era segredo de justiça, como eu ia saber? Como que todo mundo ia saber?”, questionou Natividade de Maia.

Luciane representou o Amazonas no Encontro de Comitês e Mecanismos de Prevenção e Combate à Tortura, que aconteceu entre os dias 6 e 7 de novembro em Brasília.

Luciane é esposa de Clemilson dos Santos Farias, conhecido como Tio Patinhas. Ele é suspeito de ter financiado uma fuga em massa de um presídio em Manaus e foi preso pela última vez em dezembro do ano passado quando estava em um culto evangélico.

A visita caiu em cheio no colo do ministro da Justiça Flávio Dino. Dentre outros oposicionistas, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) enviou num pedido à Procuradoria Geral da República (PGR) solicitando o afastamento de Dino do cargo de ministro.

Para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Dino é alvo de “absurdos ataques artificialmente plantados”.

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