Publicado em 29/11/2022 às 13h08.

Governo congela R$ 366 mi e zera caixa de universidades e institutos federais

A decisão foi tomada para atender as regras do teto de gastos, que limitam o aumento de despesas do governo

Redação
Pátio da Universidade de Brasília (Foto: Marcelo Casal Jr./Agência Brasil)
Pátio da Universidade de Brasília (Foto: Marcelo Casal Jr./Agência Brasil)

 

O governo Jair Bolsonaro (PL) fez um novo congelamento no orçamento das instituições federais de ensino superior. A área econômica havia promovido um bloqueio em outubro, mas por causa da repercussão negativa no período eleitoral, recuou dias depois.

As instituições receberam nesta segunda-feira (28) ofício em que oficializa o bloqueio dos recursos disponíveis nas contas bancárias —na prática, os caixas foram zerados. A decisão foi tomada para atender as regras do teto de gastos, que limitam o aumento de despesas do governo.

O bloqueio tirou R$ 244 milhões das universidades federais e R$ 122 milhões dos institutos, segundo informações das instituições —totalizando R$ 366 milhões de congelamento.

Reitores afirmam que a gestão das instituições fica inviável com os bloqueios. Há críticas sobre a divulgação do corte em dia de jogo do Brasil na Copa do Mundo —na segunda, a seleção enfrentou, e venceu, a Suíça.

“Enquanto o país inteiro assistia ao jogo da seleção brasileira, o orçamento para as nossas mais diversas despesas (luz, pagamentos de empregados terceirizados, contratos e serviços, bolsas, entre outros) era raspado das contas das universidades federais, com todos os compromissos em pleno andamento”, diz nota da Andifes, que representa os reitores das universidades federais. “O governo parece ‘puxar o tapete’ das suas próprias unidades com essa retirada de recursos”.

 O Conif (Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica) também divulgou nota em que condena o bloqueio. Para o órgão, essa limitação na prática é um corte.

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