Publicado em 06/09/2023 às 13h36.

Jerônimo descarta intervenção na segurança e diz que tentam desestabilizar polícia

Governador afirmou que acredita em trabalho de investigação como resposta à escalada da violência em Salvador

Alexandre Santos
Foto: Jorge Jesus/bahia.ba

 

O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), afirmou na tarde desta quarta-feira (6) que, por ora, não buscará intervenção federal diante da escalada da violência em Salvador. Em entrevista à Record TV Itapoan, o governador voltou a defender a atuação da polícia e disse, sem citar nomes, que tentam desestabilizar as forças de segurança do estado.

Nas últimas semanas, a capital tem experimentado um cenário de comunidades sitiadas, conflito entre facções e moradores em fuga em bairros como Alto das Pombas e Calabar.

“Não adianta agora dizer que querem intervenção. Se for preciso, no futuro, eu não terei vaidade de dizer que quero ajuda. Eu vou pedir… ‘Flávio Dino [ministro da Justiça], Lula [presidente], botem pra cá’. Nós não precisamos disso. Nós temos competência”, disse Jerônimo. “Há uma sensação de medo, o que é natural. Mas não há ausência das nossas forças policiais. Eu vou continuar firme. Não adianta tentarem desestabilizar”, afirmou.

Alvo de críticas da oposição, o governador afirmou que tem se colocado como líder no enfrentamento ao problema. “Eu tenho chamado para minha responsabilidade. Não me furtei hora nenhuma”, defendeu-se.

Na avaliação de Jerônimo, o caso do assassinato da líder quilombola Mãe Bernadete insuflou a questão da segurança. Ele, no entanto, exaltou o trabalho de investigação que culminou com a prisão de três suspeitos pela morte da ialorixá de 72 anos — executada a tiros na noite de 17 de agosto, em Simões Filho, cidade da região metropolitana de Salvador.

“Em menos de 20 dias nos já entregamos um assassino nas mãos da Justiça. Estamos preparando, através da Polícia Civil, todas a investigações. Ainda falta mais um deles. A Polícia Civil está no encalço dele. Confio muito na inteligência da polícia”, declarou o governador.

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