Publicado em 20/01/2025 às 16h25.

Jerônimo Rodrigues reafirma acolhimento a prefeitos baianos: ‘Ligação é direta’

Governador ressalta a importância do diálogo com gestores municipais e alfineta ACM Neto sobre falta de contato pós-eleições

João Lucas Dantas / Matheus Morais
Foto: Matheus Morais/ bahia.ba

 

O governador Jerônimo Rodrigues (PT), questionado pelo bahia.ba a respeito das articulações visando as eleições de 2026 e sua ligação com os prefeitos dos municípios baianos, afirma que seu governo busca acolher e dialogar, mesmo com representantes da oposição, e aproveita para alfinetar o adversário político ACM Neto (União Brasil): “Nós acolhemos e dialogamos”.

“Nós já chegamos a 32 municípios, cujos prefeitos e prefeitas eleitos já recebi, porque não houve uma transição de governo adequada. No meu conceito, não houve. E eu sei quais municípios estão com dificuldade na transição. Um município, um prefeito ou uma prefeita que senta na cadeira não tem informações sobre servidores públicos, que não tem HD de computador para ver quais são os convênios que estão vigentes. Isso vai fazer com que ele fique quatro, cinco, seis meses para poder recuperar”, explica Jerônimo, durante a apresentação dos avanços do Hospital Ortopédico do Estado da Bahia, nesta segunda-feira (20).

Referindo-se à ocasional ausência de informações sobre pacientes atendidos pelo Sistema Único de Saúde no interior da Bahia, durante transições de governos para partidos diferentes, o governador reafirma a importância de tentar a união entre os gestores municipais e o governo do estado.

“Existem municípios que não têm a listagem das pessoas que precisam fazer tratamento fora do domicílio. Se o cidadão que está precisando de uma diálise for bater na porta do prefeito, ele vai ficar sabendo. Mas se não for, vai morrer lá. Isso não é correto. E se tiver prefeito ou prefeita do meu lado que fez isso, eu não vou concordar, eu vou chamar o da oposição e vou ajudá-lo”, acrescenta.

Quando perguntado sobre os prefeitos de municípios que não haviam votado para o gestor petista nas eleições de 2022, mas que agora estão mudando de lado e declarando votos para o atual governo, Jerônimo afirma que isso se deve ao “acolhimento e diálogo” de sua gestão e aponta para o suposto tratamento oferecido por ACM Neto aos mesmos.

“A gente acolhe, dialoga. O meu adversário, após as eleições, as pessoas vêm me dizer ‘governador, eu fiz campanha para ele, mas nunca recebi uma ligação dele depois para saber como estou’. A gente faz isso. Ou é minha ligação direta, ou a ligação dos deputados, ou o senador, ou o prefeito anterior. Então, a gente trabalha com acolhimento. Quem faz política, quem ganhou, precisa de acolhimento para governar e trabalhar. E quem perdeu, precisa de acolhimento porque está machucado, a política deixa a gente machucado. Eu vou chamar os prefeitos para tratar do tema da política pública. Mas se, digamos assim, tiver simpatia, tiver bom sangue, que a gente possa trocar o sangue para um da vida ou outro, eu faria isso. E eu tenho dito desde o início: 2022 são eleições, 2024 são eleições, 2026 são eleições”, conclui Jerônimo.

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