Publicado em 26/09/2019 às 14h58.

Julgamento de triplo homicídio pode influenciar ação contra Geddel e Lúcio

O que une os dois processos é a discussão sobre a validade de laudos realizados por papiloscopistas, profissionais das polícias Civil e Federal

Redação
Fotos: Marcelo Camargo/Agência Brasil|Izis Moacyr/ bahia.ba
Fotos: Marcelo Camargo/Agência Brasil|Izis Moacyr/ bahia.ba

 

O julgamento de um caso de triplo homicídio ocorrido em Brasília há 10 anos pode influenciar os rumos da ação penal contra os irmãos Geddel e Lúcio Vieira Lima (MDB), no caso do “bunker” dos R$ 51 milhões, de acordo com o site Poder 360.

O julgamento dos emedebistas, acusados de lavagem de dinheiro e associação criminosa, foi iniciado na última terça-feira (24) na 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) e será retomado em 1º de outubro.

Já o caso que ficou conhecido como “crime da 113 Sul” é analisado na 1ª Turma Criminal da Corte. A arquiteta Adriana Villela é acusada de mandar matar seus pais e a empregada da família.

O que une os dois processos são laudos realizados por papiloscopistas, profissionais das polícias Civil e Federal que trabalham na identificação de impressões digitais, palmas das mãos, plantas dos pés e, às vezes, até biometria facial.

Tanto a defesa de Adriana quanto a dos Vieira Lima questiona laudos produzidos por papiloscopistas, e não por peritos oficiais.

No caso do triplo homicídio, o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo, acatou parcialmente um pedido feito pela defesa da arquiteta, determinando que o juiz presidente do Tribunal do Júri esclarecesse ao Conselho de Sentença que o documento foi subscrito por 7 profissionais que não são considerados peritos oficiais.

“Com esse esclarecimento, caberá ao corpo de jurados avaliar o peso que deva merecer dentro do conjunto probatório”, afirma trecho da decisão.

Em um despacho posterior, porém, o ministro Luix Fux determinou que o laudo deveria ser considerado como feito por peritos oficiais, o que encerraria a discussão sobre a validade do documento.

Caso os outros ministros sigam o entendimento de Fux, a prova não será desconsiderada, o que poderá fortalecer a acusação no caso de Geddel e Lúcio.

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