Publicado em 12/09/2016 às 15h38.

‘Lei do xixi’ não pega e o péssimo hábito cresce em Salvador

As ruas da capital baiana, uma das cidades mais turísticas do país, exalam forte cheiro de urina. Desde que foi criada, a lei só puniu quatro pessoas

Blog do Levi

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Na gestão do prefeito ACM Neto (DEM) as taxas e impostos municipais foram reajustados em patamares que geraram gritaria geral. Tudo bem, em tempos de crise, a administração precisa arrecadar. Mas, se estivesse valendo uma lei sancionada pelo prefeito há sete meses – a conhecida “Lei do Xixi”, que prevê a aplicação de multa de até R$ 1.008, podendo dobrar em caso de reincidência – o Município certamente arrecadaria tanto que parte dos problemas financeiros da prefeitura estariam resolvidos.

Salvador é, sem sombra de dúvida, a capital do “mijão”. Aqui é raro o homem que não faz (ou pelo menos nunca fez) das ruas banheiro público. Sem pudor, respeito a quem está ao seu redor ou ao bem público ou privado. É a cena mais comum de se flagrar em qualquer lugar público. O pior é que não são só os homens soteropolitanos que fizeram desse péssimo hábito uma cultura baiana. Por mais incrível que possa parecer, mulheres também começaram a adotar a prática.

Apesar de, na época em que a lei começou a valer, em janeiro de 2015, a então presidente da Empresa de Limpeza Pública de Salvador (Limburb), vereadora Kátia Alves (DEM), ter prometido apertar o cerco contra os “mijões”, até hoje apenas quatro pessoas foram multadas pela prefeitura. Para se ter uma ideia, no Rio de Janeiro, somente no período de carnaval, mais de 1,2 mil pessoas foram multadas por esse tipo de conduta.

Em uma cidade de quase 3 milhões de habitantes, existe apenas um fiscal para fazer cumprir a legislação. Ou seja: é mais uma das milhares de leis que não funcionam.

Temas: Salvador , lei , ruas , xixi

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