Publicado em 22/08/2025 às 16h09.

Lindbergh pede prisão preventiva de Bolsonaro ao STF antes de julgamento

O ex-presidente está em prisão domiciliar desde o início de agosto

Luana Neiva
Foto: Marcos Oliveira / Agência Senado

 

O líder do PT na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias, pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF), a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), visando garantir a ordem pública e econômica durante o julgamento da ação do golpe, que está marcado para o dia 2 de setembro.

“Risco concreto de fuga, apontado pela Polícia Federal, agrava ainda mais o quadro, pois se soma ao descumprimento reiterado e ao contexto de ataques estrangeiros com a aplicação de sanções com o objetivo de interferir no processo de julgamento da AP nº 2.668 que tramita no STF”, disse o parlamentar.

O deputado ainda ressaltou que a prisão preventiva não se trata de antecipação de pena, “mas da necessidade cautelar de resguardar a própria integridade do processo de julgamento do representado e dos corréus e da própria aplicação da lei penal, após a cautela e prudência da Primeira Turma na crescente aplicação de medidas cautelares diversas terem se mostrado insuficientes”.

O ex-presidente está em prisão domiciliar desde o início de agosto por descumprir medidas cautelares impostas pelo ministro Alexandre de Moraes.

Entenda

O ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete aliados enfrentarão seu primeiro dia de julgamento no dia 2 de setembro, em um processo que pode condená-los por uma tentativa de golpe para reverter o resultado das eleições de 2022.

A sessão será conduzida pelo ministro Cristiano Zanin, presidente da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF).

A sessão começa às 9h. O ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, fará a leitura de um relatório, que é um resumo de todas as etapas do processo. Em seguida, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, terá até uma hora para apresentar a acusação contra os réus.

Após a fala da acusação, os advogados de defesa terão o mesmo tempo para apresentar seus argumentos.

O primeiro a votar será Alexandre de Moraes, que irá analisar as alegações das defesas, como pedidos de anulação da delação premiada de Mauro Cid e a absolvição dos réus. Moraes decidirá se os acusados serão condenados ou absolvidos e, em caso de condenação, qual será a pena.

Luana Neiva

Jornalista formada pela Estácio Bahia com experiências profissionais em redações, assessoria de imprensa e produção de rádio. Possui passagens no BNews, iBahia, Secom e Texto&Cia.

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