Publicado em 02/10/2019 às 11h54.

Luis Eduardo Magalhães ou 2 de Julho? Deputados divergem sobre fachada de aeroporto

Petista Marcelino Galo diz nunca ter reconhecido nome do falecido parlamentar; herdeiro do chamado carlismo, Sandro Régis (DEM) vê "desrespeito" de concessionária

Alexandre Santos / Matheus Morais
Fotos: Arquivo Pessoal/Democratas/Montagem bahia.ba
Fotos: Arquivo Pessoal/Democratas/Montagem bahia.ba

 

Uma antiga discussão entre herdeiros do chamado carlismo e políticos de oposição acaba de voltar à tona após o anúncio de que a fachada do aeroporto de Salvador não levará mais o nome do ex-deputado Luís Eduardo Magalhães (1995-1998).

Segundo a concessionária Vinci Airports, responsável pela administração do terminal, a mudança faz parte de uma reforma de modernização da área externa do espaço. “Salvador Bahia Airport” é a marca a ser estampada no novo letreiro.

O deputado estadual Sandro Régis (DEM) reprova a repaginação. “Independentemente de militar no mesmo campo político do ex-deputado, acho um desrespeito ao povo baiano. Como deputado e como baiano, acho um desrespeito. O nome do aeroporto tem que está na fachada, sim, e o nome do aeroporto é Luis Eduardo Magalhães. Um homem sério, competente. Desrespeito”, disse Régis ao bahia.ba.

Líder do PT na Assembleia Legislativa, Marcelino Galo vai além ao afirmar que, para ele, o aeroporto da capital sempre chamou-se Dois de Julho, em referência à Independência da Bahia.

“O nome do aeroporto é Dois de Julho. Não se deveria mexer nunca no nome que representa a data mais importante da Bahia e do Brasil. É a data da libertação. Eu defendo, portanto, que o aeroporto porto se chama Dois de Julho. Não deveria ter sido outro nome nunca”, declarou.

Mudança pós-morte

Desde 1955 como Aeroporto Internacional Dois de Julho, o terminal aeroviário da capital passou se chamar Deputado Luís Eduardo Magalhães a partir de maio de 1998, menos de um mês após a morte do político baiano, vítima de ataque cardíaco.

De autoria do deputado Aroldo Cedraz (PFL-BA), a proposta foi ratificada pelo Senado e sancionada pelo presidente Fernando Henrique Cardoso.

À época, o então senador Antonio Carlos Magalhães (1927-2007), pai de Luís Eduardo, atuava como poderoso articulador político do presidente FHC.

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