Publicado em 24/10/2025 às 08h18.

Lula promete reunião ‘sem frescura’ com Trump, mas prega cautela quanto a acordos

Presidente disse que não espera que algo seja firmado já no encontro deste domingo (26)

Redação
Foto: Ricardo Stuckert/PR

 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou na sexta-feira (24) que não possui expectativas de firmar nenhum acordo imediato com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na reunião que os dois terão neste domingo (26) na Malásia. As informações são do portal InfoMoney e do jornal Estadão.

Lula pregou cautela sobre o encontro, que está programado para o período da tarde de domingo em Kuala Lumpur, e afirmou que a reunião seguirá uma série de negociações técnicas e políticas entre ministros e secretários dos dois países.

“Se eu não acreditasse que fosse possível fazer um acordo, eu não participaria da reunião. Se bem que o acordo certamente não será feito amanhã, ou depois de amanhã quando eu me reencontro com ele. O acordo será feito pelos negociadores”, argumentou Lula, em entrevista antes de decolar de Jacarta, na Indonésia, para Kuala Lumpur, capital malaia.

“Eu nunca participo de uma reunião que eu não acredito no sucesso da reunião. Eu só vou saber se ela é sucesso ou não se eu participar. Então eu vou participar da reunião na expectativa de que a gente tenha sucesso naquilo que o Brasil tem interesse.”

Questionado pelo jornal Estadão sobre o prazo que o Brasil considera razoável para um acerto, Lula afirmou que “quanto antes melhor”.

“Se eu pudesse te dar uma resposta, eu te daria. Eu queria que fosse ontem, mas se for amanhã já está bom. Quanto mais rápido, melhor”, respondeu.

Lula foi questionado insistentemente sobre setores econômicos em pauta, como minerais críticos (entre eles as terras raras), mas não respondeu sobre que proposta fará aos EUA. O petista afirmou que a reunião está sendo aguardada há algum tempo e que o Brasil sempre esteve disponível para conversar. Os negociadores do lado brasileiro são os ministros.

O petista ainda complementou afirmando que fará uma reunião “sem frescura” com Trump, com objetividade e sinceridade. Ele citou como exemplos de pauta para reunião: o preço da carne em alta nos EUA e a inflação sobre o café no mercado interno americano. O Brasil tem expectativa, nos bastidores, que esses produtos sejam retirados do tarifaço.

 

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