Publicado em 08/01/2025 às 14h08.

Lula reafirma defesa da democracia e afaga Forças Armadas em discurso do 8 de janeiro

O presidente também mencionou o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a quem chamou de “Xandão”

Redação
Foto: Ricardo Stuckert/PR

 

Em cerimônia pelos dois anos dos atos de 8 de Janeiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez um gesto de aproximação aos comandantes das Forças Armadas nesta quarta-feira (8). Durante o evento, destacou a presença dos militares e enfatizou a importância de ter as Forças voltadas à defesa da soberania nacional.

Em seu discurso, Lula também mencionou o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a quem chamou de “Xandão”. Moraes é relator dos processos contra os envolvidos nos atos de 8 de Janeiro.

O presidente lembrou que tanto ele quanto Moraes foram alvos de um plano de assassinato em 2022, que também incluía o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB). A Polícia Federal (PF) revelou o esquema e pediu o indiciamento de 40 pessoas, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), ex-ministros e militares.

Lula afirmou que os responsáveis pelos atos antidemocráticos serão investigados e punidos: “Seremos implacáveis contra quaisquer tentativas de golpe. Ninguém foi ou será preso injustamente. Todos pagarão pelos crimes que cometeram, inclusive os que planejaram os assassinatos. Terão amplo direito de defesa e presunção de inocência.”

O presidente também fez uma referência ao filme “Ainda Estou Aqui”, de Walter Salles, que aborda a luta da família Paiva durante a ditadura militar. Ele declarou: “Hoje é dia de dizer em alto e bom som: Ainda estamos aqui. Estamos vivos, a democracia está viva, ao contrário do que planejavam os golpistas de 2023. Ditadura nunca mais. Democracia sempre.”

Lula minimizou a ausência de autoridades como Luís Roberto Barroso (STF), Rodrigo Pacheco (Senado) e Arthur Lira (Câmara), que enviaram representantes. A cerimônia contou com parlamentares, ministros do STF, como Alexandre de Moraes e Edson Fachin, e a maioria da equipe ministerial, convocada mesmo durante o período de férias.

O evento incluiu a entrega de 21 obras restauradas que foram danificadas nos atos criminosos e um “Abraço da Democracia”, realizado simbolicamente na Praça dos Três Poderes com autoridades de mãos dadas.

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