Publicado em 04/08/2020 às 14h31.

Ministério do Meio Ambiente quer reduzir meta de proteção à Amazônia

Pasta comandada por Ricardo Salles propôs alteração ao Ministério da Economia, que rejeitou mudanças no compromisso do MMA

Redação
Foto: Lula Marques
Foto: Lula Marques

 

O Ministério do Meio Ambiente propôs, em ofício enviado ao Ministério da Economia, a redução da meta oficial de preservação da Amazônia. O Plano Plurianual aprovado pelo Congresso em 2019 estabelece que o governo deve reduzir em 90% o desmatamento e incêndios ilegais em todos biomas do país até 2023.

De acordo com informações do G1, a pasta comandada por Ricardo Salles quer que a nova meta seja proteger 390 mil hectares na floresta amazônica. Não foi mencionada qualquer alternativa para os outros biomas, por, segundo o MMA, não existirem indicadores disponíveis para mensurar o desempenho referente à meta.

Informações do jornal Estado de S.Paulo indicam que o Ministério da Economia rejeitou a proposta. Nos últimos meses, investidores nacionais e internacionais têm pressionado o governo a combater o desmatamento na Amazônia.

A proposta do MMA representa aproximadamente um terço da área que foi desmatada na Amazônia entre agosto de 2018 e julho de 2019. Nesse período, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) registrou desmatamento de 976,2 mil hectares.

Nota técnica anexada à proposta justifica a mudança.

“Considerando todo o contexto que abarcou também a elaboração do Planejamento Estratégico do MMA verificou-se que a meta disposta no PPA 2020/2023 não poderia ser alcançada, no período proposto, dada a necessidade de implementação de todos os eixos do novo Plano, em especial, em razão da demanda da participação de tantos outros envolvidos no âmbito federal e estadual”, diz o texto.

O ofício com a alteração da meta foi assinado pelo secretário-executivo da pasta, Luís Biagioni, o número 2 da hierarquia do ministério.

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