Publicado em 23/05/2025 às 07h27.

Mourão depõe ao STF como testemunha em processo sobre tentativa de golpe nesta sexta (23)

Além dele, outras oito testemunhas devem ser ouvidas nesta sexta, entre elas o atual comandante da Marinha, Marcos Olsen

Redação
Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

 

O senador e ex-vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos-RS) presta depoimento nesta sexta-feira (23) à Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) como testemunha no processo que apura uma tentativa de golpe de Estado em 2022.

Mourão foi listado pela defesa do general Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional. Por ter sido indicado também pelas defesas de Jair Bolsonaro (PL), Paulo Sérgio Nogueira e Walter Braga Netto, os advogados desses réus poderão fazer perguntas ao senador.

Apesar da proximidade com Bolsonaro, Mourão não é citado na denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR). Publicamente, ele já classificou o plano como “sem pé nem cabeça” e afirmou que foi arquitetado por um pequeno grupo de militares que “escreveram bobagem”.

“O golpe exige apoio das Forças Armadas. Aqui no Brasil não houve deslocamento de tropa, essas pessoas nem tinham comando”, disse Mourão em entrevista no ano passado.

Além dele, outras oito testemunhas devem ser ouvidas nesta sexta, entre elas o atual comandante da Marinha, Marcos Olsen, que falará à defesa do ex-comandante Almir Garnier. Olsen tentou não participar, alegando desconhecer os fatos, mas o pedido foi negado pelo relator, ministro Alexandre de Moraes.

As oitivas estão divididas em dois turnos — pela manhã, são ouvidas testemunhas de Alexandre Ramagem e Braga Netto; à tarde, as de Heleno e Garnier. As audiências ocorrem por videoconferência e seguem até 2 de junho.

Ao todo, 82 testemunhas foram listadas na ação contra o chamado “núcleo 1” da suposta trama golpista, considerado o grupo central na tentativa de ruptura institucional. Após essa fase, Moraes deve marcar os interrogatórios dos réus, etapa final antes do julgamento.r

Bolsonaro e outros sete aliados se tornaram réus em março, acusados de organização criminosa armada, tentativa de golpe, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, entre outros crimes. Outros 23 investigados também respondem em processos relacionados.

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