Publicado em 22/11/2016 às 19h07.

Na briga por votos, Prates ‘vira’ Câmara e tucano adota silêncio

Protagonistas de uma disputa interna na base do prefeito ACM Neto pelo comando do Legislativo de Salvador, vereadores adotam estratégias diferentes

Rodrigo Aguiar

16-05-2016-leo_prates_conversa_paulo_camara__pddu_apresentacaorelatorio_final_foto_reginaldo_ipe_cms

 

Protagonistas de uma disputa interna na base do prefeito ACM Neto pelo comando do Legislativo Soteropolitano, os vereadores Léo Prates, líder do DEM na Casa, e Paulo Câmara (PSDB), atual presidente, traçam estratégias diferentes na disputa por votos.

Prates tem anunciado publicamente os apoios que recebe, sempre com fotos de reuniões com os aliados. O democrata já informou recentemente a adesão de três vereadores do PV – de uma bancada de quatro – do vereador Geraldo Júnior (SD), e do seu próprio partido. Dos seis vereadores eleitos pelo Democratas na Casa (inclusive o próprio Prates), apenas Duda Sanches apoia a reeleição do tucano, pelo menos em princípio.

Também já se sabe que Câmara tem ao seu favor os vereadores Alfredo Mangueira (PMDB) e Marcelle Moraes (PV). Porém, ele vai na contramão de Prates e age nos bastidores, sem anunciar aliados até o momento. Sempre que questionado sobre a eleição para a Mesa Diretora, tem a mesma resposta na ponta da língua: “Só trato do assunto em dezembro”.

A postura contrasta com o que fez o próprio Câmara em eleições anteriores. No final de 2014, em campanha pela reeleição no comando da Casa, o presidente da CMS divulgava sempre os apoios dos partidos, a pelo menos dois meses do pleito.

A estratégia de Prates tem propósitos claros: com anúncios sucessivos de apoios firmados, o democrata pretende causar uma espécie de “efeito manada”: mostrar aos indecisos, e até mesmo aos vereadores pouco simpáticos a ele pessoalmente, o crescimento da sua candidatura e, assim, atraí-los.

Como o presidente da Casa tem a caneta, como se diz no jargão político, muitos vereadores só querem “trocar de lado” caso tenham a certeza de que escolheram o postulante vencedor e, com isso, não seriam “retaliados” em uma eventual reeleição de Câmara.

Após o prefeito deixar claro que vai trabalhar por uma candidatura única para evitar possíveis rachas na sua base, aliados apostam que um bate-chapa seria difícil. Uma secretaria ou cargo de direção em algum órgão da administração poderiam ser oferecidos como um tipo de “compensação” a quem desistisse da briga pelo comando da CMS.

Mais notícias

Este site armazena cookies para coletar informações e melhorar sua experiência de navegação. Gerencie seus cookies ou consulte nossa política.