Publicado em 23/04/2025 às 15h43.

‘Não admitimos corrupção’, diz ministro após operação contra fraudes no INSS

Ação da PF investiga descontos ilegais em benefícios de aposentados e afasta presidente do Instituto Nacional do Seguro Social

Redação
Foto: Reprodução/TSE

 

O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, declarou nesta quarta-feira (23) que o governo federal não admitirá qualquer forma de corrupção, especialmente quando afeta diretamente recursos públicos e a população mais vulnerável.

A declaração ocorreu durante coletiva de imprensa sobre a Operação Sem Desconto, deflagrada pela Polícia Federal (PF) para investigar fraudes envolvendo descontos associativos indevidos em aposentadorias e pensões.

“Deflagramos uma operação importante e abrangente, visando proteger aposentados que estavam tendo descontadas ilegalmente suas aposentadorias e pensões por entidades que se intitulavam suas protetoras”, afirmou o ministro.

Na coletiva, Lewandowski reforçou o compromisso do governo em coibir práticas ilícitas: “Não admitimos, neste governo, a corrupção, seja qual for, venha de onde vier, sobretudo quando atinge o erário público”.

Segundo ele, a operação representa uma resposta à ação de criminosos que exploraram financeiramente os aposentados. “Foi uma operação de proteção dos aposentados, vítimas fáceis de criminosos que se apropriaram de suas pensões e aposentadorias”, destacou.

A PF já cumpriu 211 mandados de busca e apreensão, além de seis mandados de prisão e o sequestro de bens avaliados em mais de R$ 1 bilhão. Entre os alvos da operação estão o presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Alessandro Stefanutto, e outros cinco servidores, todos afastados de seus cargos.

De acordo com as investigações, sindicatos não autorizados teriam aplicado descontos ilegais em benefícios previdenciários, movimentando aproximadamente R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024.

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