Publicado em 16/07/2025 às 08h56.

‘Não sou bandido’, diz Bolsonaro ao ser questionado sobre prisão por trama golpista

"Bandido foi esse que está no governo e foi solto. [Que foi] condenado em três instâncias", acrescentou o ex-presidente em entrevista

Carolina Papa
Foto: Reprodução/Redes Sociais

 

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou “não ser bandido” ao ser questionado sobre uma eventual prisão por trama golpista após o parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR). Em entrevista ao Poder360 na terça-feira (15), o ex-mandatário alfinetou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e disse “não entender” as alegações finais do órgão sobre o inquérito.

“Bandido foi esse que está no governo e foi solto. [Que foi] condenado em três instâncias. Não passa pela minha cabeça, eu não consigo entender. Preso por quê? Eu estava nos Estados Unidos. […] O que é um golpe de Estado?”, destacou Bolsonaro ao portal. 

O parecer da PGR foi enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) na noite de segunda-feira (14). No documento é pedido a condenação de Jair Bolsonaro e mais sete réus pelos crimes de: organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, dano qualificado contra o patrimônio da União, e deterioração de patrimônio tombado. 

Em entrevista, Bolsonaro refutou que houve uma tentativa de golpe de Estado, uma vez que a ação “sequer foi pensada”. 

“[Golpe é ter] forças armadas, tanque nas ruas, ter um núcleo político e financeiro. Tem apoio do setor, tem apoio da imprensa, apoio internacional. Isso é um golpe. Nada foi sequer pensado, não é cogitado, é pensado. E se fosse pensado, como não ficou mencionado, não tem crime”, acrescentou.

Possíveis penas

Caso seja condenado pelos cinco crimes, Jair Bolsonaro pode ser condenado a 43 anos de reclusão. A avaliação sobre a sentença será feita pela Primeira Turma do Supremo, que vai levar em consideração fatores como: idade e antecedentes.

Entre os crimes, o que possuí maior pena é o de Golpe de Estado. A pena varia de quatros anos, a mínima, a 12 anos de prisão (máxima).

Carolina Papa

Jornalista. Repórter de política, mas escreve também sobre outras editorias, como cultura e cidade. É apaixonada por entretenimento, música e cultura pop. Na vida profissional, tem experiência nas áreas de assessoria de comunicação, redação e social media.

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