Publicado em 28/03/2025 às 12h36.

Negromonte Jr. admite divisão interna e chance de debandada com possível federação do PP

Executiva nacional da sigla progressista se movimenta para aprovar arranjo com o União Brasil

André Souza / Alexandre Santos
Foto: André Souza/bahia.ba

 

O presidente do PP na Bahia, o deputado federal Mário Negromonte Júnior, admitiu nesta sexta-feira (28) a possibilidade de debandada de correligionários diante da possível federação com o União Brasil. Ao bahia.ba, ele disse não ser “contra”, mas afirmou que o arranjo tende a engessar as movimentações partidárias.

“Eu não sei como é que isso vai se comportar, sinceramente. Se isso vai se concretizar. Se vai se concretizar esse ano ou nesse próximo ano. Então está muito ainda no compasso de espera. Vamos aguardar para poder tomar qualquer decisão”, disse Negromonte Júnior.

“Mas obviamente que cada deputado e membros do partido estão se movimentando. Estão querendo saber como é que vai ficar. Eu tenho procurado até passar muito tranquilidade, porque para tudo na vida, até para a política, você tem que escolher a hora certa para tomar a decisão certa.”

Ele disse que, por ora, as negociações estão em “stand by ” em Brasília, em razão da ausência de líderes partidários que integram a comitiva do presidente Lula em viagem à Ásia.

Se oficializada, a federação causará impacto nas eleições de 2026, quando o governador Jerônimo Rodrigues e o ex-prefeito ACM Neto (União Brasil) polarizarão a disputa.

Negromonte Jr. afirmou ter se reunido nos últimos dias com o também deputado federal João Leão, ex-comandante estadual da legenda, contrário à composição, juntamente com o filho, Cacá Leão, que apoiará ACM Neto na corrida ao Palácio de Ondina.

“Eu estive com o Leão essa semana. Estive conversando com o Cacá também. [Tenho] uma relação excelente com eles. Eu não sou exatamente contra a federação com quem quer que seja. Em primeiro lugar, sou a favor da coligação. Na coligação, você toma uma decisão nacional, e a decisão do estado não tem interferência. Ou seja, a estadual pode seguir com quem quiser aqui, mesmo com a coligação nacional. Com a federação, ele engessa. Com isso, você tira autonomia de se coligar com quem é melhor, por exemplo, o partido”, afirmou.

Segundo o presidente do PP, cerca de 90 prefeitos baianos integram hoje a base de Jerônimo.

 

 

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