Publicado em 27/01/2021 às 16h40.

Oposição protocola pedido de impeachment de Bolsonaro por atuação na pandemia

Na última terça-feira (26), líderes religiosos também apresentaram à Câmara dos Deputados um pedido de impeachment do presidente pelo mesmo motivo

Redação
Foto: Marcos Corrêa/ PR
Foto: Marcos Corrêa/ PR

 

O bloco da oposição, formado pelo PT, PSB, PDT, PCdoB, PSOL e Rede, protocolou na Câmara dos Deputados mais um pedido de impeachment do presidente Jair Bolsonaro. O motivo é o mesmo do pedido apresentado por líderes religiosos na última terça-feira (26): a atuação do governo no combate à pandemia do novo coronavírus.

De acordo com informações do G1, o protocolo do pedido foi anunciado em ato no Salão Negro do Congresso. Parlamentares e presidentes nacionais das legendas estiveram presentes no ato. Assinam o pedido os presidentes do PT, Gleisi Hoffmann; do PDT, Carlos Luppi; do PSB, Carlos Siqueira; do PSOL, Juliano Medeiros; e do PCdoB, Luciano Santos. No caso do Rede, assinam os porta-vozes Pedro Ivo e Laís Alvez Garcia. As lideranças de cada partido no Congresso também assinam o documento.

Em seu perfil nas redes sociais, Gleisi afirmou que a postura adotada pelo presidente atenta contra a saúde pública e a vida da população, já que consiste em omissão e em não preparar o país para a pandemia. Desde março, quando a condição foi declarada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), Bolsonaro adotou uma postura negacionista, ao minimizar a pandemia, chamando a Covid-19 de “gripezinha“, ao incentivar o uso de medicamentos como tratamento precoce, com ineficácia comprovada cientificamente; e ao desacreditar as vacinas desenvolvidas contra a doença.

Outros 63 pedidos de impeachment já foram apresentados na Câmara dos Deputados. Desse total, 56 estão em análise. Outros cinco foram arquivados ou não aceitos por questões formais, sem análise do mérito.

O pedido mais recente foi assinado por 380 pessoas vinculadas a instituições religiosas, entre bispos, pastores, padres e frades. O grupo argumenta que a postura do presidente da República no enfrentamento ao coronavírus pode ser enquadrada na Lei nº 1.079/1950, que define os crimes de responsabilidade.

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