Publicado em 16/12/2015 às 17h58.

Para Olívia, ataques a Dilma são frutos de ‘machismo na política’

“Há um desrespeito em relação ao exercício do poder realizado pelas mulheres", declarou a secretária estadual de Política para as Mulheres

Hieros Vasconcelos
Foto: Luís Filipe Veloso/ bahia.ba
Foto: Luís Filipe Veloso/ bahia.ba

 

Ao lado do Coletivo de entidades Negras (CEN) e da Marcha das Mulheres no ato contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), na tarde desta quarta (16), no bairro do Campo Grande, em Salvador, a secretária estadual de Políticas para as Mulheres, Olívia Santana, disse ao bahia.ba que os constantes ataques da oposição à petista, assim como a tentativa de destituí-la do cargo, estão relacionados, também, ao “machismo que impera na política brasileira”.

“Há um desrespeito em relação ao exercício do poder realizado pelas mulheres. Têm sido constantes os ataques que se utilizam da sexualidade dela, buscando desdenhar. É preciso limpar o machismo dessa confusão que está aí, tirar o machismo dessa disputa política que há”, declarou.

Segundo a titular da SPM, os “ataques” sofridos pela mandatária partem, muitas vezes, de deputados federais. Ela destacou ao bahia.ba o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

“Ele atropelou todos os mecanismos no sentido de se salvar e ao mesmo tempo no sentido de demonizar a presidente Dilma, tirar dela o mandato para o qual ela foi eleita. Muitos dos ataques estão relacionados à condição dela de mulher”, acredita.

 

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Álvaro  Gomes – Também presente ao protesto contra o impeachment, que reuniu 10 mil pessoas, conforme a Polícia Militar, o secretário estadual do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte, Álvaro Gomes, discorda que o Brasil viva atualmente em uma crise econômica.

“Não vivemos crise econômica tão grande quanto tem sido divulgado pelos meios de comunicação. O que estamos vivendo é uma dificuldade provocada principalmente pela crise política que estabeleceram. Mas vamos recuperar, evitar o golpe e manter o Estado Democrático de Direito”, pontuou, em conversa com o bahia.ba.

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