Publicado em 20/05/2021 às 21h00.

Pazuello diz que declarações de Bolsonaro não eram ordens: ‘Fala o que vem na cabeça’

Ex-ministro ponderou que as manifestações públicas do presidente sobre a pandemia eram feitas 'de improviso'

Redação
Foto: Carolina Antunes/PR
Foto: Carolina Antunes/PR

 

O ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello voltou a dizer que não recebeu ordens do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sobre a atuação da pasta no enfrentamento à pandemia da Covid-19. Em depoimento à CPI da Pandemia no Senado nesta quinta-feira (20), ele ponderou que as manifestações públicas do presidente sobre medidas sanitárias ou compra de vacinas eram  feitas “de improviso” e não devem ser interpretadas como ordens.

“Nós sabemos como é o nosso presidente. Ele fala de pronto o que vem na cabeça, como ele pensa. E algumas coisas precisam ser corrigidas depois. Algumas coisas precisam ser reconversadas”, afirmou.

Nesta quinta, o general voltou a falar sobre um pronunciamento feito pelo presidente contra a aquisição da vacina chinesa CoronaVac. De acordo com Pazuello, a declaração foi uma “posição de internet”, e não houve pressão sobre o ministério. A avaliação foi rebatida pelo senador Fabiano Contarato (Rede-ES), que acredita que o presidente tem ingerência sobre seus ministros mesmo quando se manifesta informalmente.

“O senhor [Pazuello] fala: “Vou adquirir 46 milhões de doses do Instituto Butantan”. No outro dia, numa live, o presidente fala: “Não vai adquirir”. O senhor fala: “Manda quem pode, obedece quem tem juízo”. O presidente tem o poder de ordenar os ministros de Estado. Então, ele fez isso”, argumentou.

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