Publicado em 06/04/2016 às 07h01.

Pedaladas fiscais dispararam com Dilma, diz Banco Central

Ao reprovar as contas do governo de 2014, o TCU considerou ter havido, na prática, empréstimos dos bancos federais ao Tesouro, o que é crime

Redação
Foto: André Dusek/ Estadão Conteúdo
Foto: André Dusek/ Estadão Conteúdo

 

O Banco Central publicou dados que dão dimensões precisas às manobras conhecidas como pedaladas fiscais no governo Dilma Rousseff.

As pedaladas – o uso de dinheiro dos bancos federais em programas de responsabilidade do Tesouro Nacional– são a base do pedido de impeachment contra a presidente. De acordo com a Folha de S. Paulo, os números do BC põem em dúvida a tese principal da defesa da presidente, segundo a qual seus antecessores também adotaram a prática.

Por determinação do Tribunal de Contas da União (TCU), o banco calculou os atrasos em repasses do Tesouro aos bancos federais e ao FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) desde 2001, no governo FHC.

Os valores mostram uma tendência de alta a partir do final do governo Lula e uma disparada sob Dilma.

Ao final do governo de FHC, a conta do Tesouro a ser saldada com seus bancos era de R$ 948 milhões – em outras palavras, esse era o valor que, no atual entender do TCU, deveria ser acrescentado à dívida pública. Ao final do ano passado, a conta se aproximava dos R$ 60 bilhões, finalmente pagos, por determinação do tribunal, em dezembro.

Ao reprovar as contas do governo de 2014, o TCU considerou ter havido, na prática, empréstimos dos bancos federais ao Tesouro, o que é crime, segundo a legislação. Para o governo, os atrasos eram práticas normalmente aceitas.

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