Publicado em 05/04/2016 às 10h40.

Peemedebista é contra PT e Cunha; Socialista quer PSB com Dilma

Deputado Luciano Simões é favorável ao impeachment e acredita que parlamentarismo é a saída da crise; vereador Sílvio Humberto defende “respeito às regras democráticas”

João Brandão
(Foto: Evilásio Junior / bahia.ba)
Deputado estadual Luciano Simões, à esquerda, e vereador Silvio Humberto (Foto: Evilásio Junior / bahia.ba)

 

O deputado estadual Luciano Simões (PMDB) e o vereador de Salvador Sílvio Humberto (PSB), em entrevista ao programa Uziel Tá na Área, com Evilásio Júnior, na Rádio Vida FM 106,1, nesta terça-feira (5), discutiram sobre o momento da política nacional.

Apesar de ser do mesmo partido que um dos protagonistas das denúncias de corrupção no Congresso, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (RJ), Simões disse que o partido, principalmente na Bahia, não vai continuar aliado com ele após as acusações de esquema de corrupção. “O PMDB da Bahia votou em Cunha para presidente da Câmara, mas não compactua com esses escândalos que têm sido identificados pela Operação Lava Jato”, afirmou.

Também há divisão no lado socialista. Enquanto o diretório nacional da sigla é favorável ao impeachment da presidente Dilma Rousseff, a executiva baiana é contrária, cenário semelhante a 1997, quando a hoje senadora Lídice da Mata trocou o PSDB pelo PSB para apoiar o Lula, que concorria à Presidência do Brasil na época contra o tucano Fernando Henrique Cardoso, que venceu a eleição. Silvio foi questionado se, no momento atual, o grupo da ex-prefeita de Salvador poderia novamente mudar de legenda. “Isso não foi discutido. São conjunturas diferentes. Se você não consegue conciliar, você tem que procurar outro guarda-chuva. Agora, não sou a favor de trocar de partido como troca de camisa. Não pode entrar no partido ‘A’, no meio do caminho mudar para o ‘B’, e depois voltar para o A”, opinou.

Os dois políticos falaram também sobre o processo que tenta impugnar o mandato de Dilma. Para o edil socialista, a petista precisa terminar o ciclo para o qual foi eleita para que as regras da democracia sejam cumpridas. “Acho que tem que respeitar as regras democráticas que aí estão. Deixa ir até 2018”, disse. Para o pemedebista, o governo tem feito barganha com políticos para continuar no poder. “Sou fã do parlamentarismo, porque o presidencialismo de coalizão não rola. Trocando cargo, trocando voto para se manter no poder. O presidencialismo de coalizão já esgotou”, afirmou.

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