Publicado em 18/07/2025 às 11h22.

Prefeito critica condução da política internacional do governo Lula após tarifaço de Trump

Na avaliação de Reis, autoridades devem deixar de lado ‘questões políticas de alianças internacionais’ para resolver o impasse com os EUA

Fredie Ribeiro / Carolina Papa
Foto: Carolina Papa/bahia.ba

 

O prefeito Bruno Reis (União Brasil) criticou nesta sexta-feira (18) a “condução da política internacional” do governo Federal ao comentar sobre a tarifa de 50% imposta pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a produtos brasileiros, afirmando esperar que “as autoridades responsáveis deixem de lado as questões políticas e ideológicas das alianças internacionais” para solucionar o impasse comercial.

“A partir do momento em que o Brasil vai se aliar com o Hamas, vai se aliar com o Irã, vai se aliar com a Rússia, vai defender a ex-presidente da Argentina que está presa por corrupção, acaba gerando conflitos internacionais, além das críticas que são feitas ao governo americano”, disse Reis, referenciando posicionamentos recentes do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no cenário internacional, como as críticas que fez ao governo de Israel pela condução da guerra na Faixa de Gaza, e sua visita à ex-presidente argentina, Cristina Kirchner, que está em prisão domiciliar em Buenos Aires, após ser condenada por fraude.

O gestor municipal ainda disse esperar que “todos tenham sensatez e não prejudiquem o mercado brasileiro, os produtores brasileiros e a indústria brasileira, que gera empregos, gera tributos”. As declarações foram feitas durante entrevista coletiva na entrega da requalificação da Avenida Jorge Amado, no bairro do Imbuí, em Salvador.

Bruno também criticou o cenário de “extremismo” e de “interferência da política em questões tributárias” — referenciando o impasse entre o governo Federal e o Congresso sobre o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) — que, segundo ele, vive o Brasil, afirmando que o ‘tarifaço’ do presidente Trump torna o “desafio” dos prefeitos em governar “ainda mais difícil”.

“Vocês imaginam, nós prefeitos temos que governar com a queda de arrecadação que está ocorrendo, com o cenário de incerteza para o ano que vem, em relação a tudo que está acontecendo, e o quanto nosso desafio se torna mais complexo, e mais difícil”, disse o gestor municipal, que ainda pontou a possível influência destes fatores no rumo das eleições de 2026.

“Eleição ainda é ano que vem, mas não vamos deixar que a eleição se contamine por esse ambiente, que é, infelizmente, cada vez mais radical e de extremismo”, avaliou.

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