Publicado em 15/11/2020 às 22h30.

Presidente do PT defende unificação da esquerda: ‘Separada não conseguirá êxito’

Apesar da defesa, Ademário Costa ponderou que PT é maior partido de oposição na cidade e não tem por que abrir mão da prerrogativa de lançar candidatos

Paloma Teixeira / Estela Marques
Foto: Sérgio Duarte/bahia.ba
Foto: Sérgio Duarte/bahia.ba

 

O presidente do PT em Salvador, Ademário Costa, defendeu a unificação da esquerda para as próximas eleições. Em entrevista coletiva, na noite deste domingo (15), ele afirmou que será preciso compreender de qual forma será possível oferecer à cidade um projeto político alternativo. Para ele, “separada ela [a esquerda] não conseguirá êxito”.

Para Ademário, as tradições políticas da cidade de Salvador não estão alinhadas com as políticas de partido de esquerda. E esta questão, de acordo com ele, tem a ver com a relação do partido com a cidade, porque “a gente ainda não conseguiu fazer uma conexão direta com as desigualdades da cidade, com o projeto nacional”.

“É preciso entender a identidade da cidade com a direita e a esquerda. Nós todos vamos precisar nos despir das nossas vaidades. Eu acho que tem questões mais profundas e toda esquerda vai precisar ser mais generosa no próximo período, porque nós precisaremos compreender de que forma nós vamos nos juntar para oferecer à cidade um novo projeto político”, afirmou.

Apesar de citar a unificação, o presidente alega que não existe motivo para o PT abrir mão de ter um candidato próprio em Salvador, porque “é o maior partido de esquerda da cidade”. Contudo, discorda que o PT é um partido que não apoia nenhuma candidatura, já que, este ano, apoiou aliados na maioria das cidades baianas, ao invés de indicar candidatos.

“Nós vamos sair dessa eleição como a segunda bancada da Câmara de Vereadores. A maior bancada é do DEM e a segunda maior bancada é do Partido dos Trabalhadores. Esse é um objeto importante para reflexão não só do PT, mas também de toda a esquerda partidária. Quais motivos levariam o partido que tem a segunda maior bancada, que é a maior bancada da oposição, que chega em segundo lugar na eleição da capital e que tem uma trajetória histórica na cidade de sempre fazer uma disputa ficando em segundo ou terceiro lugar abrir mão dessa prerrogativa?”, disse em resposta ao bahia.ba.

“Nós nunca tivemos tantos candidatos de oposição aqui na Prefeitura de Salvador, então é isso que a gente precisa pensar. Uma parte da força que nós conseguimos na aliança entre os partidos de esquerda ela não teve nessa eleição. Mas mesmo assim, até este momento da contagem, temos seis vereadores eleitos pelo DEM e quatro pelo PT. nós conseguimos ampliar nossa força e vai ser refletido agora na Câmara de vereadores também”, completou.

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