Publicado em 12/09/2025 às 10h59.

‘Quando tem morte a guia dá uma baixada’, diz Jerônimo sobre operações da polícia

Governador negou que ações policiais são para ‘enxugar gelo’ e disse batalhar contra o crime organizado

Raquel Franco
Foto: Adriel Francisco/GOVBA

 

Ao ser questionado sobre a situação da segurança pública no estado, o governador Jerônimo Rodrigues (PT) disse que quando recebe notícias de mortes “a guia dá uma baixada”. A afirmação foi feita em entrevista à Rádio Metrópole na manhã desta sexta-feira (12).

O governador declarou sempre ficar “muito abalado e sentido” quando os relatórios da Secretaria de Segurança Pública (SSP), que recebe no início da manhã e final da noite, têm relatos de mortes. 

Ele negou estar “enxugando gelo” com as ações da SSP. Jerônimo afirmou trabalhar “dia e noite” com o secretário Marcelo Werner, em conjunto com os comandos policiais e as forças da polícia militar, civil e penal. “A batalha mais frontal é com o crime organizado”, disse.

Jerônimo acredita que os comandos das organizações criminosas não estão nas favelas e bairros violentados. Ele citou o caso da operação da Polícia Federal na Faria Lima, um dos bairros mais ricos da capital de São Paulo. 

“Faria Lima é a avenida mais rica do Brasil, onde estão os empresários que comandam a economia brasileira. E dali tem um comando do crime organizado relacionando-se com os combustíveis. O cartel tá ali dentro”, afirmou. 

Segundo ele, a Bahia não tem produção de armas e drogas, mas essa inteligência do crime vem de outros lugares. Jerônimo afirmou ter pedido ao presidente Lula (PT), ao ministro Lewandowski e aos governadores do nordeste atuação da Força Nacional nas fronteiras do para combater o trânsito de criminosos e armas. Apesar da Bahia realizar operações conjuntas com outros estados, “não é suficiente, tem que ter uma força maior”.

“A Bahia não produz eh fuzis e nós apreendemos quase 60 fuzis esse ano. Mas a gente tira 60 e chega 10, 15, 20. A Bahia não é especializada em laboratório de produção de drogas. Nós desmontamos alguns laboratórios que vem de fora”, afirmou o governador.

Ele também ressaltou o número de prisões por uso de reconhecimento facial nas câmeras instaladas pelo governo. “Nós já apreendemos 1.500 pessoas por reconhecimento facial. A inteligência, a tecnologia está sendo usada para ajudar o trabalho da polícia”, disse Jerônimo.

Mais notícias

Este site armazena cookies para coletar informações e melhorar sua experiência de navegação. Gerencie seus cookies ou consulte nossa política.