Publicado em 29/09/2021 às 11h08.

Regulação do uso de drogas deve ser discutida sem preconceito, defende Rui

'Chega de assistir tanta morte e a sociedade fazendo de conta que não está sabendo o que está acontecendo, achando que só a ação policial vai resolver', disse

Adriano Villela / David Mendes
Foto: Mateus Pereira/Gov-BA
Foto: Mateus Pereira/GOV-BA

O debate sobre a regulação do uso de entorpecentes no Brasil sem preconceito ideológico, religioso ou de outra natureza foi defendido nesta quarta-feira (29) pelo governador Rui Costa. O debate, conforme Rui, deveria envolver Ministério Público, Defensoria, imprensa e igrejas. O gestor destacou, em conversa com a imprensa, que o país aparece como quarto, quinto ou sexto maior contingente de usuários de drogas no mundo.

“Independentemente disso, o fato é que o Brasil se tornou um dos maiores consumidores. Nós não vamos conseguir para o consumo instantaneamente. E nesse consumo, como ele (o usuário) só tem acesso na via ilegal, nessa ilegalidade os grupos se matam e matam inocentes para controlar esse comércio. Nós precisamos discutir isso abertamente. Discutir com o Ministério Público, a Defensoria, a imprensa, as igrejas. A sociedade brasileira precisa discutir o que fazer para que esse consumo ilegal de drogas não provoque tantas mortes, não percamos tantas vidas jovens”, argumentou o chefe do executivo.

Para Rui Costa é o momento de o Brasil fazer este debate e deixar de “assistir tanta morte e a sociedade fazendo de conta que não está sabendo o que está acontecendo, achando que só a ação policial vai resolver”. O governador observou que muitas vítimas fatais das disputas pelo controle do comércio de drogas nem tem passagem pela polícia. “Aqueles que muitas vezes fazem o delivery da droga, e que muitas vezes nunca usaram uma arma, nunca fizeram briga, as vezes não brigaram nem de mão, são os primeiros infelizmente a serem mortos”, lamentou.

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