Publicado em 23/01/2017 às 10h48.

Rui justifica nomeação de Wagner pela crise e revela novas mudanças

Governador nega que intenção foi livrar aliado do juiz Sérgio Moro: “ele tem um profundo conhecimento de uma rede grande de investidores, não só no Brasil, mas no exterior”

Evilasio Junior
Foto: Manu Dias/GOVBA
Foto: Manu Dias/GOVBA

 

O governador Rui Costa (PT) negou, em entrevista ao bahia.ba, durante entrega de obras de encostas no bairro da Cidade Nova, nesta segunda-feira (23), que a nomeação de Jaques Wagner para a Secretaria de Desenvolvimento Econômico já estava programada desde o ano passado.

Especulado para assumir uma pasta no primeiro escalão, tão logo saiu da quarentena do governo federal, o ex-ministro foi confirmado inicialmente como coordenador do Conselho de Desenvolvimento Econômico (Codes), que não lhe dava foro privilegiado. Três meses depois, ele ganha o status.

Segundo o chefe do Executivo baiano, a intenção não era livrar o aliado das mãos do juiz Sérgio Moro, nos processos da Operação Lava Jato, na qual é investigado, mas reforçar o governo. “Não, não. No momento de fazer a reforma, você faz uma reflexão do conjunto. Como a crise se aprofundou, eu resolvi reforçar a busca e a captação por investidores nacionais e estrangeiros para o nosso estado. Evidentemente, o ex-governador e ex-ministro tem o perfil”, justificou Rui, ao bahia.ba.

O governador acredita que a experiência de Wagner, que foi ministro dos governos Lula e Dilma Rousseff, com passagem pelo Conselho Federal de Desenvolvimento Econômico, o credencia para o posto, no momento de necessidade de atração de recursos da iniciativa privada. “Ele tem um profundo relacionamento e conhecimento de uma rede grande de investidores, de empresários, não só no Brasil, mas no exterior e, portanto, nós precisamos de alguém com essa capilaridade para que possamos aumentar a nossa capacidade de captação de investimentos na Bahia. A crise nos faz rever formas e estratégias para que a gente continue atraindo empresários aqui para o nosso estado”, disse Rui.

O petista admitiu também que a reforma administrativa anunciada no fim de semana ainda não está concluída. Ele revelou à reportagem que tem mantido conversas com os partidos não contemplados nos anúncios de sexta e sábado, a exemplo de PP e PSL, e que novos componentes da equipe serão revelados. “Ao longo da semana ainda tem alguma coisa. Estamos conversando com todo mundo”, declarou.

Até o momento, oito pastas do secretariado e duas do segundo escalão tiveram novos gestores nomeados.

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