Publicado em 27/07/2020 às 10h46.

Saneamento básico, uma longa estrada para o Brasil caminhar

O remédio é simples: transparência total

Levi Vasconcelos

Diz Wladimir Antonio Ribeiro, uma das maiores autoridades do Brasil em saneamento básico, advogado, ativo na modelagem de diversos serviços de saneamento básico e de resíduos sólidos, inclusas as PPPs, que, na Suiça, o nível de sofisticação em matéria de saneamento básico é tal que eles não querem mais saber de água tratada, agora é água in natura.

— Eles estão proibindo a agricultura com o uso de agrotóxicos nos arredores das nascentes. Querem a água pura, como ela é.

Vá lá que os suíços construíram seus elevados padrões educacionais acoitando nos seus bancos os ladrões de cá, e também que é um país pequeno, bem mais fácil de controlar, mas exibe tudo o que se quer, e, por tabela, a imensidão do caminho que temos até chegar lá.

Passivo

Os números do saneamento e tratamento de resíduos sólidos no Brasil são patéticos. 83,3% têm água, e 51,9%, esgoto. São índices piores que Peru, Bolívia, Iraque, Jordânia e cia., a lanterna. E será que dá para chegar a 1.933 investindo R$ 7 bilhões e botando a iniciativa privada atinge-se os 90% de cobertura pretendidos?

Wladimir acha que a nova lei abre muito espaço para questionamentos jurídicos, mas é um avanço. É a chance do Brasil se redimir daquele negócio de que esgoto não dá voto porque é obra enterrada. Não é bem isso. Na real, por ficar enterrada, vira um apanágio para corruptos.

O remédio é simples: transparência total.

Levi Vasconcelos

Levi Vasconcelos é jornalista político, diretor de jornalismo do Bahia.ba e colunista de A Tarde.

Mais notícias

Este site armazena cookies para coletar informações e melhorar sua experiência de navegação. Gerencie seus cookies ou consulte nossa política.