Publicado em 03/08/2020 às 19h00.

Senadores se dizem contrários à criação de tributo nos moldes da CPMF

Proposta é defendida pelo ministro Paulo Guedes na forma de um tributo sobre transações digitais para desonerar 25% da folha

Redação
Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado
Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

 

Líderes do Senado garantem que uma proposta de recriação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) não passaria na Casa. A proposta é defendida pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, na forma de um tributo sobre transações digitais. A taxação é condição para desoneração de 25% da folha de pagamento.

O líder da oposição, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), vê na tentativa de recriação do imposto um “subterfúgio” do governo Jair Bolsonaro para aumentar a arrecadação sem taxar bilionários e sem cortar privilégios de autoridades.

“Trazer de volta a CPMF é jogar nas costas do povo a responsabilidade pela crise causada pelo governo. Aumenta o fosso da desigualdade no país e nem cogita taxar os super ricos e as fortunas”, avaliou o senador, em suas redes sociais.

Já a presidente da Comissão de Constituição e Justiça do Senado, senadora Simone Tebet (MDB-MS), a equipe econômica do governo tenta camuflar o novo imposto para forjar uma ideia inédita.

“Passar um batom na CPMF não vai transformá-la em tributo novo, nem melhor. Camuflada, repaginada, continuará CPMF, só que em versão 2.0”, destacou, em entrevista à Agência Senado.

Também são contrários à ideia o senador Irajá (PSD-TO), o senador Álvaro Dias (Podemos-PR) e o senador Fabiano Contarato (Rede-ES). No ano passado, o presidente da Casa, Davi Alcolumbre (DEM-AP), também se disse contra um novo imposto.

 

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