Publicado em 09/06/2025 às 09h39.

‘Democracia foi preservada’, diz Lídice sobre julgamento de Bolsonaro no STF

Parlamentar, em entrevista à imprensa nesta segunda-feira (9), informou que a sua expectativa é que “se faça Justiça”

André Souza / Carolina Papa
Foto: André Souza/bahia.ba

 

A deputada federal Lídice da Mata (PSB) afirmou que o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Supremo Tribunal Federal (STF) por suposta participação na trama golpista é “um sinal para o mundo que a democracia foi preservada” diante dos episódios ocorridos após a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2023. A parlamentar, em entrevista à imprensa nesta segunda-feira (9), informou que a sua expectativa é que “se faça Justiça”. 

“Minha expectativa é que se faça justiça. Não é possível que tudo o que aconteceu com estímulo claro, o incentivo explícito do ex-presidente da República no que diz respeito à quebra da Constituição Federal, das suas regras e da defesa do Estado de Direito em nosso país [seja esquecido]”, disse a deputada. 

“O Brasil tem a mania de esquecer as coisas graves e nós não podemos esquecer isso. Eu acho que o Brasil pode dar esse sinal para o mundo de que a democracia aqui foi preservada graças às instituições democráticas”, acrescentou. 

Durante a cerimônia de publicação do edital de licitação para as obras do Tramo IV do Sistema Metroviário Salvador–Lauro de Freitas pelo governador Jerônimo Rodrigues (PT), no bairro do Campo Grande, em Salvador, Lídice da Mata comentou ainda sobre a postura adotada por Jair Bolsonaro, quando ainda era presidente, durante a pandemia do novo coronavírus. A congressista relembrou os imbróglios para a chegada da vacina no país e a morte de mais de 700 mil pessoas. 

“O ex-presidente da República foi contra a vacina, manifestou-se tantas vezes combatendo as regras de proteção da vida das pessoas. E agora, que passou a pandemia e já não há o temor tão direto com a sua própria vida, dos seus parentes, aqueles que não perderam um parente diretamente, sentem-se à vontade para perdoar o presidente. Nós não podemos aceitar isso”, pontuou. 

O julgamento de Bolsonaro no Supremo começa nesta segunda-feira (9). Além do ex-presidente, mais sete pessoas, Mauro Cid (colaborador da investigação); Alexandre Ramagem; Almir Garnier; Anderson Torres; Augusto Heleno; Paulo Sérgio Nogueira; e Walter Braga Netto, serão interrogadas no processo que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado.

O relator do caso é o ministro Alexandre de Moraes.

André Souza

Jornalista com experiência nas editorias de esporte e política, com passagens pela Premier League Brasil, Varela Net e Prefeitura Municipal de Laje. Apaixonado por esportes e música, atualmente trabalha como repórter de Política no portal bahia.ba.

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